sexta-feira, 22 de julho de 2011

Cientistas criam primeira rede neural artificial usando DNA
Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/07/2011


No futuro, estes sistemas poderão operar dentro de células, ajudando a responder questões biológicas fundamentais ou diagnosticar uma doença. [Imagem: Caltech/Lulu Qian]


Os cientistas deram um passo importante para a criação de uma inteligência artificial, não em um robô ou em um chip de silício ou em um programa de computador, mas dentro de um tubo de ensaio.

Rede neural líquida

Lulu Qian e seus colegas do Instituto de Tecnologia da Califórnia construíram uma rede neural artificial de DNA, criando um circuito de moléculas capazes de se recordar de memórias com base em padrões incompletos.

É mais ou menos assim que o nosso cérebro faz, quando um acontecimento inteiro é lembrado a partir de um pequeno "fio da meada", como a visão de uma foto ou mesmo um cheiro.

A equipe de Qian e Erik Winfree já havia criado um processador molecular com fitas de DNA, capaz de calcular uma raiz quadrada, mas agora eles queriam algo mais simples, para demonstrar o conceito de uma rede neural funcionando em meio líquido, mais próximo dos sistemas biológicos.

"Nós nos perguntamos se, em vez de uma rede de células neurais, fisicamente conectadas, uma sopa de moléculas em interação poderia exibir um comportamento parecido com o do cérebro," conta Qian.

E o experimento mostrou que a resposta para a pergunta é sim.

Jogo de leitura da mente

Composta por quatro neurônios artificiais, construídos com 112 fitas diferentes de DNA, a rede neural é capaz de participar de "um jogo de leitura da mente, na qual ela tenta identificar um cientista misterioso".

Os pesquisadores treinaram a rede neural para que ela "conhecesse" quatro cientistas, cujas identidades são representadas por um conjunto específico e único de respostas a quatro perguntas com respostas do tipo "sim ou não".

Depois de pensar em um dos quatro cientistas, um jogador humano fornece um subconjunto incompleto de respostas, que identifica parcialmente o cientista no qual ele pensou.

O jogador então transmite as pistas para a rede, colocando no tubo de ensaio fitas de DNA que correspondem às suas respostas.

Comunicando-se por meio de sinais fluorescentes, a rede neural de DNA identifica qual é o cientista que o jogador tem em mente.

Ou, caso não consiga a resposta, a rede pode "dizer" que não tem informações suficientes para escolher apenas um dos cientistas em sua memória, ou que as pistas contradizem suas lembranças.

Os pesquisadores jogaram este jogo com a rede utilizando 27 formas diferentes de responder às perguntas (de um total de 81 combinações), e ela respondeu corretamente todas as vezes.


A rede neural é capaz de participar de "um jogo de leitura da mente, na qual ela tenta identificar um cientista misterioso". [Imagem: Qian et al./Nature]
Aplicações futuras

Segundos os pesquisadores, sistemas bioquímicos com inteligência artificial - ou, pelo menos, com algumas capacidades básicas de tomada de decisão - podem ter aplicações na medicina, química e na pesquisa biológica.

No futuro, estes sistemas poderão operar dentro de células, ajudando a responder questões biológicas fundamentais ou diagnosticar uma doença.

Processos bioquímicos que possam responder de forma inteligente à presença de outras moléculas poderão permitir que os engenheiros sintetizem produtos químicos cada vez mais complexos, ou construam novos tipos de estruturas, molécula por molécula.

Desafios neurais

Mas ainda há muitos desafios a serem vencidos para se chegar a essas situações hipotéticas.

O primeiro deles é que fazer essa rede neural bioquímica funcionar dentro do corpo - ou mesmo em uma célula, ou dentro de um disco de Petri - é algo totalmente diferente do que foi demonstrado, já que um experimento similar in vivo seria muito mais complexo e com interações com outras moléculas que teriam que ser previstas e controladas.

A rede neural líquida também é muito lenta, levando oito horas para identificar cada cientista misterioso.

E, depois de dada a resposta, as moléculas não são capazes de se soltar e emparelhar com uma fita de DNA diferente. Ou seja, a rede somente consegue jogar o seu jogo da memória uma vez.

Finalmente, enquanto a rede atual tem quatro neurônios, as dificuldades para construir uma versão apenas um pouco maior - com 40 neurônios artificiais, por exemplo - são muito grandes, sem contar o tempo da resposta, que deverá aumentar exponencialmente. Para comparação, estima-se que um cérebro humano tenha 100 bilhões de neurônios.

Entendendo a evolução

Contudo, vista como uma prova de conceito, o experimento pode ajudar os cientistas a entender a evolução e o próprio funcionamento dos organismos biológicos.

"Antes que o cérebro evoluísse, os organismos unicelulares também eram capazes de processar informações, tomar decisões, e agir em resposta ao seu ambiente," explica Qian. E os organismos unicelulares de hoje continuam fazendo isso.

Ele especula que a fonte de tais comportamentos complexos deve ter sido uma rede de moléculas flutuando na célula: "Talvez o cérebro altamente evoluído e a forma limitada de inteligência vista em células individuais compartilhem um modelo computacional semelhante, que é simplesmente programado em diferentes substratos."

Modelo de neurônio

Os pesquisadores basearam sua rede neural bioquímica em um modelo simplificado de um neurônio, chamada de função limiar linear.

O neurônio modelo recebe os sinais de entrada, multiplica cada um por um peso positivo ou negativo, e o neurônio dispara, produzindo uma saída, somente se a soma ponderada das entradas ultrapassar um certo limiar.

"Este modelo é uma simplificação excessiva dos neurônios reais," diz Winfree, "mas é uma boa simplificação."

A técnica para sua construção é a mesma usada na construção do circuito de DNA capaz de calcular raízes quadradas.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Biografia no final.

Toda a vida na Terra mostra uma unidade nos mecanismo de replicação, hereditariedade, catálise e metabolismo.

Ancestralidade comum prevê uma hierarquia organizada, ou em grupos dentro de grupos. Nós vemos tal arranjo em uma única, consistente e bem definida hierarquia, a saber, a chamada árvore da vida.

Linhas diferentes de estudos dão os mesmos arranjos para a árvore da vida. Nós temos os mesmos resultados, não importando se olhamos morfologicamente, bioquimicamente ou geneticamente.

Fósseis animais também se encaixam na árvore da vida. Temos vários exemplos de fósseis transicionais.

Os fósseis aparecem em uma ordem cronológica, com as mudanças consistentes com ancestrais comuns após centenas de milhares de anos, e inconsistentes com criação repentina.

Muitos organismos possuem órgãos vestigiais rudimentares, como olhos que não enxergam ou asas que não voam.

Atavismos ocorrem de vez em quando. Um atavismo é o reaparecimento de uma característica presente em um ancestral distante, mas que foi perdido nos ancestrais recentes. Os atavismos são sempre consistentes com a história evolucionária do organismo.

Ontogenia (embriologia e biologia do desenvolvimento) fornece informações sobre a história evolucionária do organismo. Por exemplo, embriões de baleias e de muitas cobras apresentam membros inferiores, que depois são reabsorvidos após o nascimento.

A distribuição das espécies é consistente com sua história evolucionária. Por exemplo, marsupiais estão mais limitados à Austrália, e as exceções podem ser explicadas pela deriva continental. Ilhas remotas geralmente possuem espécies de animais que são altamente diversificados, mas próximos geneticamente. Tal consistência ainda permanece quando é incluída a distribuição por fósseis.

A evolução prevê que novas estruturas são adaptadas de outras que já existiam, e, portanto similaridades estruturais refletem a história evolucionária dos organismos. Por exemplo, mãos humanas, asas de morcegos, patas de cavalos e nadadeiras de baleias, todos possuem estrutura óssea similar, apesar de funções completamente diferentes.

O mesmo princípio vale a nível molecular. Humanos partilham uma vasta quantidade de seus genes (cerca de 70%) com moscas da fruta e com nematóides.

Quando dois organismos evoluem a mesma função independentemente, surgem diferentes estruturas. Por exemplo, asas de pássaros, de morcegos, pterodátilos e de insetos. E muitos outros animais podem planar de várias outras formas. Isso também ocorre em nível molecular.

As limitações do desenvolvimento evolucionário algumas vezes levam a estruturas ineficazes em alguns aspectos. Por ex., a garganta e o sistema respiratório humano tornam impossível respirar e engolir ao mesmo tempo, sob o risco de sufocar.

Estruturas ineficazes também aparecem a nível molecular. Por ex., grande parte do DNA não possui função.

Alguns DNAs sem função, como transpósons, pseudogenes e vírus endógenos, mostram um padrão de hereditariedade, mostrando ancestralidade comum.

A especiação já foi observada.

Os aspectos da evolução dia-a-dia - variabilidade genética, mudanças morfológicas, mudanças funcionais, e seleção natural – ocorrem em taxas consistentes com ancestrais em comum.

Ainda mais, as diferentes linhas de pesquisa são consistentes entre si, todas elas apontam para o mesmo fato. Por ex., evidências à partir da duplicação dos genes no genoma do levedo mostram que sua habilidade para fermentar glicose evoluiu cerca de oito milhões de anos atrás. Evidências fósseis mostram que frutas fermentáveis se tornaram comuns em torno do mesmo período de tempo. Outras evidências genéticas que mostram essa mudança são encontradas em plantas e insetos frutíferos, também no mesmo período (Benner et al. 2002).
18:08 (1½ horas atrás)

Observação feita por Romeu Luto:
As evidências são massivas e consistentes, e todas apontam para o mesmo fato consumado da evolução, incluindo ancestralidade comum, mudança com o tempo, e adaptação influenciada pela seleção natural. Seria presunção demais não aceitar esses fatos como evidência científica.
_________________________________________________________________________________________

Referências:
.
Theobald, Douglas. 2004. 29+ Evidences for macroevolution: The scientific case for common descent.http://www.talkorigins.org/faqs/comdesc/
Colby, Chris. 1993. Evidence for evolution: An eclectic survey. http://www.talkorigins.org/faqs/evolution-research.html
Moran, Laurence. 1993. Evolution is a fact and a theory. http://www.talkorigins.org/faqs/evolution-fact.html
Benner, S. A., M. D. Caraco, J. M. Thomson and E. A. Gaucher. 2002. Planetary biology--paleontological, geological, and molecular histories of life. Science 296: 864-868.
Mercer, John M. and V. Louise Roth. 2003. The effects of Cenozoic global change on squirrel phylogeny. Science 299: 1568-1572.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Por Dalton Catunda Rocha
E-mail: daltonagre@uol.com.br
1- Como os textos bíblicos chegaram até nós?
Os textos bíblicos do antigo testamento começaram a serem escritos por volta do ano mil antes de Cristo. Os judeus sempre mantiveram e ainda mantem até hoje, uma tradição de copiar textos rigorosamente. Quando o cristianismo surgiu, no século I, os textos bíblicos foram sendo escritos e copiados. Por volta do ano 90 depois de Cristo, os textos do Novo Testamento foram terminados e ao longo dos séculos, foram sendo escritos e copiados.
Vale destacar que em tempos medievais, livros eram extremamente caros, tanto pelo altíssimo custo do material para escrever, como pela ausência de imprensa. Depois do colapso do Império Romano, o papiro que era o único material barato de escrita, embora fosse perecível, desapareceu dos mercados da Europa. Ficou o pergaminho, que era produzido com o couro de ovelhas e cabras. Um rebanho de mais de uma centena de ovelhas tinha que ter seu couro extraído, para se produzir uma só bíblia. Tanto o conhecimento científico, como a literatura antiga, história, leis, peças teatrais e demais coisas da antiguidade só chegaram até nós pelo imenso esforço de monges e monjas medievais, que dedicaram as suas vidas a ficarem copiando livros.
No século IX, o papel que havia sido inventado mais de 500 anos antes na China, passou a ser produzido na Espanha muçulmana. Logo a seguir o papel foi mecanizado e melhorado na Europa católica de então. O papel era muito mais barato que o pergaminho e os livros passaram a serem mais baratos. No entanto, somente com a imprensa de tipos móveis de Gutemberg, no século XV é que a bíblia passou a ser acessível, à maioria das pessoas.
Com a bíblia impressa chegamos, aos novos tempos, pois uma impressora pode fazer centenas ou milhares de bíblias sem erros. Ademais uma bíblia impressa não somente é mais barata, como também é melhor que uma bíblia manuscrita. E ainda por cima ela é uniforme.
2-Como foi feito o cânon bíblico?
Ainda no século I, já haviam inúmeras formas de cristianismo. Antes da chegada do ano 100 D.C. já existia cristianismo na Índia, Egito, Itália, Grécia, Etiópia, Sudão, etc. Por óbvias dificuldades de comunicação, era impossível que tivessem uma única relação de livros inspirados. Os textos que fazem parte do que hoje chamamos de bíblia, já estavam prontos no ano 100 de nossa era, mas não existia uma bíblia única cristã. Se alguém procurasse uma bíblia para comprar na Europa ou qualquer outro lugar do mundo, nos séculos I e II não acharia nenhuma à venda.
Uma proposta de cânon do Novo Testamento apareceu no século IV e supostamente datava do século II. Ela não listava como canônicos os livros Apocalipse, II Pedro, II e III João e Judas. O Cânon Muratori não cita a Epístola aos Hebreus como livro canônico. Por outro lado este mesmo Cânon Muratori cita como canônico, o livro O Pastor de Hermas como canônico. O mesmo Cânon Muratori cita o livro "Sabedoria" como canônico.
Quando o cristianismo foi legalizado pelo Imperador Constatantino no século III, este mandou que as diferentes correntes do cristianismo fizessem uma escritura de livros comum. Por meio de um concílio, os bispos decidiram que o cânon seria de 76 livros. Este concílio não teve unanimidade. No caso do livro do Apocalipse por exemplo, os delegados do Bispo de Roma foram contra a sua inclusão no cânon bíblico. Somente no Concílio de Cartago de 397 é que o livro do Apocalipse foi colocado no cânon bíblico.
Esta primeira bíblia cristã foi chamada de bíblia de São Dâmaso, nome do Papa sob a qual foi escrita. Evidentemente que os cristãos da Índia, Etiópia, etc. em nada sequer puderam saber desta primeira bíblia cristã. Mesmo na Europa, a esmagadora maioria do povo era analfabeto e ignorante. Uma bíblia no século IV custava muito mais caro que o patrimônio de mais de 98% da população européia de então.
O cânon ou a relação dos livros bíblicos foi estabelecido por concílios. Tudo por decisão humana. Nenhum livro bíblico diz quais livros devem ser parte do cânon. Por outro lado, a história mostra que homens é que decidiram que livros fariam parte do cânon. Basta lembrar que o livro Macabeus 4 está escrito no Códice Sinaiticus e não faz parte nem da bíblia católica e nem da bíblia protestante.
Na Europa católica, o Concílio de Florença em 1442 manteve esta mesma bíblia, com 76 livros. O Concílio de Trento, no século seguinte, reduziu a bíblia católica a 73 livros, decisão ainda mantida até hoje, pela Igreja Católica. No Concílio de Jerusalém em 1672, a Igreja Ortodoxa Grega reduziu a sua bíblia para 70 livros.
No século XVIII, as várias denominações protestantes concordaram que a bíblia deveria ter 66 livros. Todas estas decisões quanto ao cânon bíblico foram tomadas por pessoas, em concílios. Tudo por decisão humana. Nem preciso dizer que cristãos etíopes tem, desde o século I, seus próprios escritos sagrados.
3-Por que alguns livros não foram aceitos entre os oficiais?
Tanto a aceitação, como a rejeição de um dado texto para o cânon foi influenciada por decisão humana. Isto vem desde que os concílios existem e acontece até os dias de hoje. No século XIX apareceu o famoso "Livro de Mórmon" , que só foi aceito por um ramo do protestantismo e foi e ainda é ignorado ou criticado, por todos os demais. Isto vem de longe.
O cânon aceitou por exemplo, a Epístola aos Hebreus, que todos os entendidos sabem há mais de mil anos, não foi escrito por Paulo. Uma forjadura óbvia e de autor desconhecido, mas esta obra de autor desconhecido está em todas as bíblias. Todos os entendidos sabem que Mateus não escreveu o evangelho a ele atribuído, pois ele morrera há muito, mas ainda assim, existe o evangelho segundo Mateus. Todos os entendidos sabem que os quatro evangelhos são relatos de segunda ou terceira mão. João não escreveu o seu evangelho.
O livro do Apocalipse teve a feroz oposição dos Papas em Roma, que sempre pressionaram para a sua retirada do cânon. Ele chegou a ser retirado, mas o Concílio de Cartago, em 397, o recolocou de volta ao cânon. Sim, o livro do Apocalipse foi colocado, depois retirado e depois recolocado na bíblia.
O livro "Pastor de Hermas" foi considerado por Clemente de Alexandria, Tertuliano, Santo Irineu e Orígenes como inspirado. Os entendidos acham que Hermas é o homem citado por S. Paulo na Epístola aos Romanos, no seu final. Este livro era largamente lido nas igrejas cristãs da Grécia. No século V, o Papa Gelásio coloca tal livro entre os apócrifos. Uma decisão que ainda perdura. Uma farsa ficou, ao mesmo tempo uma obra de origem genuína saiu do cânon.
No século XVI, Martinho Lutero exigiu a retirada da "Epístola de São Tiago", do cânon bíblico. Lutero chamou tal livro de "Carta de palha". Também no século XVI, João Calvino exigiu a retirada do livro do Apocalipse do cânon bíblico. Ao contrário da decisão do Papa Gelásio, estas exigências tanto de Lutero, como de Calvino deram em nada. A colocação de um texto na bíblia, de um dado ramo do cristianismo depende, da tradição e das necessidades terrenas.
4-Por que as bíblias protestantes têm menos livros que as bíblias católicas?
O citado Concílio de Florença em 1442 manteve a decisão já do século IV, no Concílio de Cartago, em 397 D.C. de ter uma bíblia católica com 76 livros. Com a chamada Reforma Protestante, no século XVI, a Igreja Católica atraves do Concílio de Trento reduziu a bíblia católica para 73 livros, decisão ainda em vigor nos dias de hoje.
Nesta redução da bíblia, a Igreja Católica pelas mãos de seu clero mostrou, que o mundo é quem decide o cânon. Assim, saiu da bíblia católica o livro 2 Esdras, que condena fortemente a reza pelos mortos ou o pedido de coisas vindas dos mortos. Uma clara condenação do culto aos santos e reza pelos mortos no purgatório. Por outro lado, o mesmo Concílio de Trento manteve no cânon da bíblia católica, o livro 2 Macabeus, que claramente fala em rezas e sacrifícios pelos mortos. Não tem o menor sentido a idéia, que o Concílio de Trento tenha colocado livros na bíblia católica. Livros como 1 e 2 Macabeus já estavam na bíblia católica, muito antes do Concílio de Trento. Há mais de mil bíblias do século XV hoje em museus e que foram impressas e elas todas tem Tobias, Judite, 1 e 2 Macabeus, por exemplo.
Quanto aos protestantes, apenas no século XVIII é que eles passaram a ter um relativo entendimento, sobre qual bíblia afinal defendiam. Eles cortaram a sua bíblia para 66 livros. No caso do Novo Testamento, eles mantiveram a mesma lista de livros estabelecida no Concílio de Cartago em 397. Os protestantes ignoraram as sugestões de Lutero e Calvino e simplesmente seguiram o mesmo cânon, que a Igreja Católica usava desde 397.
Quanto ao Antigo Testamento, as denominações protestantes decidiram adotar o mesmo cânon estabelecido pelo Sínodo judaico de Jamnia em 100 D.C. Este Sínodo judaico não teve a presença de nenhum cristão das várias correntes de cristianismo, que já existiam no ano 100 D.C. Tal sínodo rejeitou como apócrifos todos os livros escritos após o ano 300 A.C. ou que não tivessem sido escritos originalmente em hebraico ou que não tivessem sido fora da Palestina. Na verdade, os judeus até o citado Sínodo de Jamnia usavam uma variedade de textos canônicos.
Nas cavernas de Cunrã há escritos do livro de Tobias, que é canônico segundo a bíblia católica. Nas mesmas cavernas de Cunrã encontraram-se fragmentos dos livros Enoque e Testamento de Levi, que jamais fizeram parte do cânon, quer católico quer protestante. Não tem sentido se dizer, que os judeus nos tempos de Jesus rejeitavam Macabeus, Judite, Enoque. Isto só aconteceu no citado Sínodo Judaico de Jamnia, que só foi realizado no ano 100 D.C.; quando o cristianismo não só estava já consolidado, como também já dividido.
A rejeição de 1 Macabeus e Judite também foi influenciada pela política mundana. Ambos os livros citados colocam a rebelião armada, contra um opressor, como sagrada e abençoada por Deus. No século XVIII, as nações protestantes queriam seus povos dominados quietos. É notório que na luta pela independência americana, os católicos tiveram uma participação na luta, muito maior que a sua participação na população americana. As sucessivas rebeliões na Irlanda tinham sempre católicos, que diziam seguir o dito nos livros 1 e 2 Macabeus. Tanto uma necessidade de ter uma sanção dos judeus, como necessidades políticas mundanas levaram ao fato das bíblias protestantes, desde a segunda metade do século XVIII terem 66 livros.
Em suma, a primeira bíblia cristã tinha 76 livros. Isto foi estabelecido por um concílio. O Concílio de Trento reduziu a bíblia católica para 73 livros, retirando do cânon livros que condenassem explicitamente orações para os mortos. Ao mesmo tempo o mesmo concílo manteve 2 Macabeus que apoia rezas pelos mortos.
Os protestantes não tinham uma bíblia única que seguir. Levou mais de 300 anos, para os protestantes terem uma bíblia única. A redução tanto se deveu a fatores políticos, como uma busca de sanção judaica, como a rejeição de orações pelos mortos que são apoiadas por 2 Macabeus.
Pouco ou nada houve de busca por verdade em tal redução. Os entendidos sabem que a Epístola aos Hebreus é uma farsa, pois não foi escrita pelo apóstolo Paulo. Ela segue no cânon católico e protestante. No mesmo Novo Testamento foi excluído "Pastor de Hermas", que não foi uma forjadura e foi de fato escrito por Hermas.
No Antigo Testamento, a mesma coisa se repete. Os protestantes alegam rejeitar 1 macabeus por ele ser supostamente falso. No entanto 1 Macabeus tem indiscutível base histórica. O evento descrito no livro, a invasão de Israel de fato aconteceu. Judas Macabeu de fato existiu. Nem por ser pelo menos em parte verdade, 1 Macabeus faz parte das bíblias protestantes. Por outro lado nestas mesmas bíblia protestantes, há o livro de Gênesis que tem figuras como Adão, Eva, Caim, Abel, Noé; todas tão verdadeiras quanto o Super-homem ou a Mulher-Maravilha. A invasão de Israel descrita em 1 Macabeus de fato aconteceu, mas ela não faz parte das bíblias protestantes. O dilúvio universal e sua arca de Noé com mais de 1.000.000 de espécies de plantas cuidadas apenas pela pequena família de Noé nunca aconteceu, mas mesmo assim, Gênesis está tanto nas bíblias protestantes, como nas bíblias católicas. Na bíblia Jonas fica dias vivo num peixe, mas Judas Macabeu que de fato existiu não aparece nas bíblias protestantes. Aonde a busca pela verdade?
Como escrevi antes, o cânon depende da tradição e das necessidades terrenas. A Igreja católica manteve 2 Macabeus na bíblia pois ele mantem a base bíblica para o purgatório e as missas pelos mortos. A mesma Igreja Católica excluiu do cânon o livros 2 Esdras, pois ele condenava rezas pelos mortos. Os protestantes excluíram 1 Macabeus pois ele supostamente apoiava rebeliões irlandesas, mas mantiveram as cartas de Paulo com seu apoio à escravidão e submissão de mulheres e fizeram o mesmo com uma farsa, como a Epístola aos Hebreus.
O cânon tanto católico, como protestante é de origem e necessidade humana. Ambos os cânones foram feitos pensando neste mundo. Os protestantes simplesmente não precisavam de uma bíblia que tenha livros apoiado rebeliões, como 1 Macabeus ou apoiando rezas pelos mortos, como 2 Macabeus. Por outro lado, os católicos não precisavam de livros que condenassem orações pelos mortos, como 2 Esdras. Por isto, a bíblia católica saiu de 76 para 73 livros e a bíblia protestante caiu ainda mais, para 66 livros.
Conclusão:
No momento em que pastores protestantes aparecem na TV garantindo que doenças mentais e físicas se devem à ação de demônios ou eufemisticamente "encostos", não se pode deixar de notar em quanto a biblia pode ser mal usada. A bíblia é trabalho humano e como tal, não está isenta de criticismo. Como livro de ciência, a bíblia é absurda e falha, mesmo considerando o tempo em que foi escrita. Como livro de história, a bíblia mistura fato com fantasias, não sendo nem de longe infalível. Como livro religioso, a bíblia tem sido a fonte suposta ou real de dezenas de milhares de seitas, que não raro são apenas negócios fantasiados de religião. Devemos sim ler a bíblia, mas nunca com fé cega e falta de espírito crítico.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Consideram-se superstições aquelas disciplinas sem base na razão ou no conhecimento[2], chamadas de pseudociências, tais como:
a adivinhação;
a astrologia;
a cartomancia;
o curandeirismo;
o espiritismo;
o feng-shui;
a geomancia;
a magia;
a quiromancia;
o tarot;
a religião.

sábado, 2 de julho de 2011

As Religiões Antigas e o Novo Testamento
Aureliano 29/08/2004 18:02
aurelianopuca@yahoo.com.br

As Religiões Antigas e o Novo Testamento

Ao longo dos séculos, muito se escreveu sobre religião de um modo geral, sua intenção, sua relevância e sua contribuição à humanidade. Em particular, na América e no ocidente muitos livros foram escritos para especular a natureza e o fundo histórico do personagem principal da religião cristã, Iehoshua de Nazaré, O Cristo, segundo os cristãos. Muitos tentaram buscar no passado indícios a respeito da identidade de Iehoshua e produzir um esboço biográfico que confirme a fé ou que revele um lado mais humano deste homem que os cristãos tanto se relacionam. Obviamente, considerando o tempo e a energia gastos neles, os assuntos relacionados ao Cristianismo e ao seu fundador são muito importantes para a mente e a cultura ocidentais. Apesar de toda esta literatura que está sendo produzida continuamente e do significado deste assunto para o público, há uma séria e larga falta de instrução formal a respeito das origens da religião cristã e das características de outras religiões de uma forma geral, e a maioria dos fiéis é altamente desinformada neste ponto. Com relação ao Cristianismo, por exemplo, a maioria dos fiéis aprende nas escolas e igrejas que Iehoshua, O Cristo, foi uma figura histórica real e que alguns povos aceitam-no como o Filho do Eterno e o Mashiach, enquanto que outros não o aceitam. Contudo, ainda que este assunto é o mais comum e mais debatido ainda hoje, no momento não é o mais importante. Embora possa parecer chocante à população em geral, o problema aqui é identificar se uma pessoa chamada Iehoshua, O Cristo, existiu realmente. Devemos observar aqui que o Iehoshua de Nazaré pode ser analisado de duas formas: O Iehoshua de Nazaré dos evangelhos e o Iehoshua, O Cristo, ou seja, o personagem cuja sucessão de fatos levaram o Iehoshua de Nazaré a ser o Cristo. Em outras palavras, tentaremos mostrar que este personagem último, Iehoshua, O Cristo, incorpora, em suas características, muitos traços de divindades que podem ser comparadas com divindades presentes em religiões mais antigas. Embora este debate não seja exibido de uma forma clara e evidente em livros comuns que podem ser encontrados nas prateleiras das livrarias, percebe-se, ao se examinar este assunto, que existe um número muito grande de obras que demonstra repetidamente e de forma lógica, que o personagem Iehoshua, O Cristo, possui uma coletânea de características semelhantes às divindades mais antigas do que ele, sobretudo aquelas das regiões da Suméria, Fenícia, Índia, Egito, Grécia, de Roma e de outros povos. Descobre-se que este assunto não, consequentemente, representa a história de um carpinteiro judeu cuja encarnação física tenha ocorrido há dois mil anos atrás, ou seja, demonstra-se que este personagem, Iehoshua, O Cristo, foi constituído de divindades de outras religiões e não descreveu uma pessoa real, mas que foi construído de uma forma sobre-humana por seguidores entusiásticos que não sabiam como caracterizá-lo. Este problema existiu desde o começo da igreja e mesmo os escritos literários dos pais da igreja revelam que foram forçados constantemente pelos intelectuais pagãos da época para defender este pensamento, e que os não-cristãos e outros cristãos julgaram como uma história absurda e fabricada sem absolutamente nenhuma evidência do que ocorreu no passado. De acordo com estas afirmações, o Novo Testamento parece ser uma coletânea de fábulas.

Há um século atrás, o pesquisador Albert Churchward, em sua obra The Origin and Evolution of Religion (Origem e a Evolução da Religião) - Published and Distributed by Lushena Books, Incorporation - October 2003, afirmou: Os evangelhos canônicos podem ser mostrados como sendo uma coleção de provérbios dos Mitos e da Escatologia dos egípcios. Em sua obra Forgery in Christianity - A Documented Record of the Foundations of the Christian Religion (Falsificação no Cristianismo - Um Documento Record da Fundação da Religião Cristã) - Kessinger Publishing Company - March 1997, Joseph Wheless afirmou que os evangelhos são falsificações sacerdotais feitas mais do que um século após as suas datas fingidas. Aqueles que compuseram alguns dos evangelhos e as epístolas alternativas as quais atravessaram os primeiros dois séculos da era comum, admitiram mesmo que tinham falsificado os documentos. A falsificação durante os primeiros séculos da existência da igreja era incontestavelmente desenfreada, de tal forma que a expressão Fraudes Piedosas foi usada para descrevê-la. Alguns dos chamados grandes pais da igreja, tal como Eusébio de Cesaréia, foram chamados por seus próprios companheiros de serem mentirosos inacreditáveis, os quais escreviam regularmente suas próprias ficções do que realmente Iehoshua teria afirmado e feito durante a sua vida. Com o fito de reescrever a história à luz dos caprichos e interesses dos vencedores, Eusébio de Cesaréia, biógrafo do imperador Constantino I e historiador oficial da igreja romana, juntou todo um ramalhete de piedosas falsificações, que outros filósofos como Irineu, Epifânio e Tertuliano, já haviam começado a perpetrar, assim se consumando em uma das maiores fraudes da história da humanidade. Entretanto, toda a história oficial do Cristianismo dos primeiros séculos está baseada na suposta autoridade de Eusébio e de todos os que lhe haviam fornecido os materiais que ele tão habilmente manuseou, juntou e acrescentou. [Estudar o livro de G.A. Williamson intitulado Eusebius - The History of the Church from Christ to Constantine (Eusébio - A História da Igreja de Cristo a Constantino) - Penguin Books (1965)]. A afirmação de que Iehoshua, O Cristo, é constituída de outras divindades pode ser provada não somente através dos trabalhos dos dissidentes e dos "pagãos" que souberam a verdade (e que foram refutados ou assassinados em sua batalha contra os sacerdotes cristãos e os chamados "pais da igreja" que enganavam às massas com suas ficções), mas também através das indicações dos próprios cristãos, que divulgavam continuamente que Iehoshua, O Cristo, possuia características de algumas divindades cultuadas mais antigas espalhadas por todo o mundo. De fato, o Papa Leão X, privilegiado por causa de sua classe elevada, fez certa vez uma declaração muito curiosa: Quantum nobis prodeste haec fabula Christi!!! (Que lucro não nos trouxe esta fábula de Cristo!!!) Este papa ficou muito rico entre os anos de 1518 e 1521. Desta forma, ele pôde comprar posições privilegiadas da igreja romana, até o dia em que assumiu o papado. Assim, com apenas 8 anos de idade tornou-se Arcebispo e aos 13 anos tornou-se Cardeal. Manteve uma côrte licenciosa com seus amigos também cardeais, com quem praticava "passatempos" voluptuosos em deslumbrantes palácios. Foi este papa que Lutero enfrentou em suas discussões.

De suas próprias admissões, os cristãos esclarecidos foram, sob crítica contínua de eruditos de grande reputação, impugnados como pagãos por seus adversários cristãos. Este grupo incluía também muitos gnósticos, que foram arduamente contra a idéia da carnalização de Iehoshua de Nazaré. Os cristãos também se apropriaram de muitas das características do seu deus e do deus-homem dos gnósticos. As refutações dos cristãos contra os gnósticos revelaram que o deus-homem dos cristãos era um insulto aos gnósticos, os quais afirmavam que o seu deus nunca poderia possuir uma forma humana. Está muito bem relatado que nos documentos dos cristãos, as epístolas ou as cartas atribuídas a Paulo, não é discutido um fundo histórico de Iehoshua, mas tratam exclusivamente de um ser espiritual que já era conhecido de todas as denominações gnósticas há vários anos. Poucas referências históricas à uma vida real de Iehoshua citadas nestas cartas podem ser demonstradas como sendo interpolações e falsificações. Como Edouard Dujardin afirma, a literatura de Paulo não se refere a Pilatos, ou aos romanos, ou a Caifás, ou ao Sanhedrin, ou a Herodes, ou a Judas, ou às mulheres sagradas, ou a nenhuma pessoa na narração do Evangelho da Paixão, e que também nunca faz-lhes nenhuma alusão; última, que não menciona absolutamente nenhum dos eventos da Paixão, diretamente ou por alusão. Dujardin afirma também que as obras dos cristãos adiantados tal como o Apocalipse não mencionam nenhum detalhe ou drama histórico. No momento, não há um espaço adequado aqui para detalhar de que forma as características de outras religiões contribuíram para a formação do caráter de Iehoshua, O Cristo. É suficiente apenas dizer que há uma abundância de documentação para mostrar que este assunto não trata somente de fé ou de crença. A verdade é que durante a era em que este personagem supostamente viveu, havia uma biblioteca extensiva em Alexandria e uma rede de fraternidade incrivelmente ágil que ia da Europa até a China, e esta rede de informação tinha o acesso aos numerosos manuscritos que comentavam os escritos do Novo Testamento, com nomes de lugar e entidades diferentes para os personagens. Na realidade, as características de Iehoshua, O Cristo, estão identicamente muito próximas às características de Krishna, com muitos detalhes, como foi apresentado pelo historiador Gerald Massey há mais de cem anos atrás e também pelo Rev. Robert Taylor há 160 anos atrás, entre outros. As características de Krishna como narrada nos Vedas indianos são datadas de pelo menos 1.400 antes da era comum. As características de Iehoshua, O Cristo, incorporou elementos desta e de outras dinvindades descritas, como Salvador do mundo, Filho de Deus, que foi crucificado ou executado e etc, a maioria das quais ajudaram na formação do Cristianismo. Algumas destas divindades são as seguintes:

 Adad da Assíria;
 Adonis, Apolo, Héracles (Hércules), e Zeus da Grécia;
 Alcides de Tebas;
 Attis da Frígia;
 Baal da Fenícia;
 Bali do Afeganistão;
 Beddru do Japão;
 Buda da Índia;
 Crite da Caldéia;
 Deva Tat do Sião;
 Hesus dos Druidas;
 Hórus, Osíris e Seráphis do Egito, cuja a aparência da barba e do cabelo longo foi adotada para o caráter de Iehoshua, O Cristo;
 Indra do Tibet;
 Jao do Nepal;
 Krishna da Índia;
 Mikado do Sintoos;
 Mithra e Zaratustra da Pérsia;
 Odin da Escandinávia;
 Prometheus do Cáucaso;
 Quetzalcoatl do México;
 Salivahana de Bermuda;
 Tammuz da Síria (que foi, um ídolo, modificado mais tarde para Tomé, o discípulo sem fé);
 Thor dos Gauls;
 Monarca Universal do Sibyls;
 Wittoba dos Bilingoneses;
 Xamolxis da Trácia;
 Zoar dos Bonzes;

Embora a maioria das pessoas pense que Buda foi um homem que viveu em torno de 500 antes da era comum, o seu caráter descrito geralmente como Buda pode também ser demonstrado como sendo constituído de outras divindades que se transformavam em homens que viveram antes de Buda e também que o sucederam. Na realidade, Buda é um título, assim como Cristo. As características de Buda possui em comum com as de Iehoshua, O Cristo, o seguinte:

 Buda nasceu da virgem Maya;
 Executava milagres e maravilhas;
 Esmagou a cabeça de uma serpente;
 Aboliu a idolatria;
 Subiu ao Nirvana ou aos céus;
 Era considerado O Bom Pastor;

As características de Iehoshua, O Cristo, e de Hórus também são muito semelhantes, com Hórus contribuindo mais ainda para a formação do Cristianismo. As histórias a respeito de Hórus datam de milhares de anos, e ele compartilha em comum com Iehoshua, O Cristo, o seguinte:

 Hórus nasceu de uma virgem em 25 de dezembro;
 Teve 12 discípulos;
 Foi enterrado em um túmulo e ressuscitado;
 Era intitulado a Luz, a Verdade, a Vida, o Messias, o Filho Ungido de Deus, o Bom Pastor, etc;
 Executava milagres e ressuscitou um homem de nome El-Azar-us, dentre os mortos (dái provém o personagem Lázaro como consta nos evangelhos);
 O epíteto pessoal de Hórus era Iusa, o Filho eterno de Ptah, seu Pai;
 Hórus é chamado também de O Krst, ou O Ungido, muito tempo antes dos evangelhos;

Nas catacumbas de Roma estão os retratos do bebê Hórus, o qual está preso pela sua mãe, a Virgem Ísis, a Madonna. A área do Vaticano está construída em cima do papado de Mithra, o qual também compartilha de muitas características com Iehoshua, O Cristo, que, segundo os estudiosos, trata-se de uma divindade que já era cultuada muito antes do aparecimento de Iehoshua (em torno de 600 anos). A hierarquia cristã é quase idêntica à versão de Mithra que foi substituída por Iehoshua, O Cristo. Segundos os estudiosos, Mithra é o Desu-Sol da Pérsia. As características de Mithra possui em comum com Iehoshua, O Cristo, o seguinte:

 Mithra nasceu de uma virgem em 25 de dezembro;
 Era considerado um professor e um mestre que fazia grandes viagens;
 Era chamado de O Bom Pastor (daí Jesus dizer nos evangelhos que era o bom pastor);
 Era considerado a Luz, a Verdade e a Vida;
 Era considerado o Redentor, o Salvador, o Messias;
 Era identificado com o leão e o cordeiro (daí provém as expressões leão de Judá e cordeiro imolado atribuídos a Jesus, no Novo Testamento);
 Seu dia sagrado era o domingo (Dia do Senhor), centenas de anos antes do aparecimento de Jesus;
 Sua festa principal é comemorada exatamente durante o período que se transformou mais tarde na páscoa dos cristãos;
 Tem 12 companheiros ou discípulos;
 Executava milagres;
 Foi enterrado em um túmulo;
 Ressuscitou três dias após a sua morte;
 Sua ressurreição era comemorada a cada ano pelos fiéis;

As semelhanças entre Iehoshua, O Cristo, e Krishna são muitas:

 Krishna nasceu da Virgem Devaki (que significa Divina);
 É chamado o Deus-Pastor;
 É a segunda pessoa da Trindade;
 Foi perseguido por um tirano quem requisitou o massacre de milhares de crianças (daí nos evangelhos estar relatado o massacre das crianças por ordem de Herodes);
 Executava milagres e maravilhas;
 Em algumas tradições morreu em uma árvore;
 Subiu aos céus;

Ao longo dos anos que se passaram, os cristãos fizeram um frenesi tão intenso com estas divindades para construir as características de Iehoshua, O Cristo, que além de censurarem os cristãos esclarecidos e os gnósticos sob pena de morte, criaram, no tempo do imperador romano Constantino I, o maior embuste, o maior engôdo, a maior mentira religiosa criada pela mente humana. Aqueles que tentaram demonstrar a verdade dos fatos foram sufocados pelos jogos de interesses políticos temporais. Estabelecido assim o acordo, originou-se então a religião universal do império romano, a Igreja Católica Apostólica Romana. Os cristãos mal intencionados asseguraram que o segredo deles estaria escondido das massas, mas os eruditos e gnósticos de outras escolas nunca abandonaram seus argumentos contra a caracterização de Iehoshua, O Cristo. Os argumentos destes dissidentes instruídos foram perdidos porque os cristãos mal intencionados destruíram todos os traços de seus trabalhos. Todavia, os cristãos esclarecidos e gnósticos preservaram as disputas de seus detratores com às próprias refutações dos cristãos mal intencionados. Por o exemplo, Tertuliano, o Pai adiantado da Igreja, (160-220 da era comum), um ex-pagão e bispo de Cartago, admitiu ironicamente as origens verdadeiras das personalidaes que compuseram Iehoshua, O Cristo, e de todos os deuses-homens. É interessante que Tertuliano, um crente e defensor da fé, renunciou mais tarde ao Cristianismo.

A razão porque todas estas narrativas são semelhantes com um deus-homem que é crucificado, ressuscitado, que faz milagres e que tem 12 discípulos, é que estas histórias também podem ser encontradas quando se estuda os movimentos do sol através do céu, um desenvolvimento astro-teológico que se pode encontrar em torno do mundo porque o sol e os 12 signos do zodíaco podem ser observados em torno do globo terrestre. Em outras palavras, fazendo-se analogias entre Iehoshua, O Cristo, e os 12 discípulos, podemos perceber que estes elementos personificam o sistema solar, e é neste ponto que os evangelhos levam em consideração os movimentos do sol através dos céus. Certamente, da mesma forma que os 12 trabalhos de Hércules e os 12 ajudantes de Hórus, analogia nos conduz ao resultado de que os 12 discípulos de Iehoshua, O Cristo, simbolizam também as casas zodiacais ao invés de descreverem personagens, literalmente falando, que tenham desempenhado um papel na sociedade judaica em torno de 30 e.c. Estes discípulos também podem ser observados como semi-deuses, heróis e constelações. O historiador Gerald Massey, por exemplo, afirma em sua obra intitulada Gnostic and Historic Christianity - Holmes Publishing Group, LLC - Softcover Edition, que o livro do Apocalipse, em vez de ter sido escrito por um apóstolo chamado João, durante o primeiro século da era comum, é na realidade um texto cujo conteúdo que datam possivelmente de 4.000 anos. Massey afirma que o Apocalipse relaciona a legenda de Zaratustra/Zoroastro. A forma comum deste texto foi atribuído pelo historiador Churchward a Aan, escrivão de Hórus, cujo nome nos foi transmitido como João. Hórus, segundo os estudiosos, foi batizado por Anup, o Batista, o qual desempenha o papel de João, o Batista, nos evangelhos. Judas, por exemplo, é dito representar a Constelação do Escorpião, a qual representa o mal da língua, justamente no período em que os raios do sol enfraquecem-se e ele parece morrer (como tivesse sido pego à traição, como aconteceu com Iehoshua, conforme os relatos dos evangelhos). Muitas das histórias referentes a deuses-homens que foram crucificados têm seu aniversário tradicional em 25 de dezembro. Isto, porque os povos antigos reconheciam (através de uma perspectiva geocêntrica) que o sol faz uma descida anual para o sul até 21 ou 22 de dezembro (o chamado solstício de inverno) quando pára de se mover para o sul por três dias e começa então a se mover para o norte outra vez. Durante este tempo, os antigos declaravam que o sol do deus tinha morrido por três dias e renascia ou ressuscitava em 25 de dezembro. Daí o fato de nos evangelhos está relatado a ressurreição de Iehoshua três dias após a sua morte. Não é à toa que os cristãos dizem que Iehoshua é o sol da Justiça. Os antigos acreditavam piamente que o sol retornava a cada dia e que seria um problema grande se ele continuasse a se mover para o sul e não parasse e não invertesse sua direção. Assim, estas muitas culturas diferentes comemoravam o aniversário do sol do deus em 25 de dezembro. Assim, quando os cristãos adoram o Criador aos domingos, eles inocentemente estão dando continuidade ao culto solar. Seu salvador é realmente o sol, que é chamado a Luz do Mundo, o qual cada olho pode ver. O sol foi observado por toda a história como o salvador da humanidade por razões óbvias. Sem o sol, o planeta duraria mal um dia. As características do sol de deus são as seguintes:

 O sol morre por três dias em 22 de dezembro (o solstício de inverno) quando pára em seu movimento para o sul, e nasce outra vez em 25 de dezembro, quando então recomeça seu movimento para o norte;

 Em algumas áreas, o calendário começava originalmente na constelação de Virgo, e o sol consequentemente nasceu de uma virgem (daí estar relatado nos evangelhos que Iehoshua nasceu de uma virgem);

 O sol é a luz do mundo (daí Iehoshua, nos evangelhos, se auto declarar a Luz do Mundo);

 O sol vem envolto de nuvens e cada olho o vê (daí estar relatado nos evangelhos que Iehoshua subiu aos céus envolto de nuvens e retornará pela segunda vez do mesmo em que subiu aos céus);

 O sol levanta-se pela manhã e é o Salvador da humanidade;

 O sol veste uma corona ou coroa dos espinhos (daí estar relatado nos evangelhos que só Iehoshua foi coroado com uma coroa de espinhos, exceto os outros dois ladrões);

 Os seguidores ou os discípulos do sol são os 12 mêses do ano e os 12 sinais do zodíaco, através dos quais o sol deve passar ou caminhar (daí estar relatado nos evangelhos que Iehoshua ao ver os pescadores, diz: Vem e segue-me);

De acordo com os Evangelhos de Mateus e Lucas e com as informações acima, podemos encontrar em Iehoshua as características de um Avatar. Para isto, vamos iniciar o nosso estudo utilizando a passagem profética de Isaías muito conhecida pelos cristãos: Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará 'Deus Conosco'. (Yeshayáhu 7,14) Estas foram as palavras ditas pelo profeta há aproximadamente setecentos e cinqüenta anos antes do advento da Era Cristã, prevendo a vinda daquele que se tornaria um dos deuses mais cultuados do ocidente em todos os tempos. A mulher que conceberia tal divindade teria que ser de uma pureza extrema, uma alma também iluminada. Por apresentar tais qualidades, a jovem Maria, filha de Ana e Joaquim, foi a escolhida, sendo então, de acordo com as escrituras sagradas, fecundada pelo Espírito Santo. O nascimento de Jesus, no entanto, é algo ainda cercado de mistérios, já que não foi documentado com precisão. Fatos narrados, como o episódio dos pastores guardando seus rebanhos no campo, não batem com a data proposta, e a confusão quanto ao local da natividade também se faz presente, pois os evangelhos não coincidem quanto a isso (Mateus fala de uma casa; Lucas de um estábulo; e outros, na sua maioria apócrifos, mencionam uma caverna, cujo simbolismo está relacionado a ritos de iniciação). A tarefa de descobrir a verdadeira data do nascimento do Cristo é das mais complexas, pois além do fato de seus próprios discípulos não terem se preocupado em registrá-la (aliás isso é muito comum em se tratando de avatares), há diferenças entre os calendários utilizados na época e os de agora. O que se sabe é que os cristãos primitivos a comemoravam através de um festival realizado em maio ou, por vezes, em abril e, em outras ocasiões em janeiro. De acordo com antigas tradições da Igreja, as datas mais cotadas seriam o vinte de maio, o dezenove de abril (esta segundo Clemente de Alexandria) e o vinte de abril. Existem, no entanto, outras que também são levadas em consideração: vinte e oito de março, vinte e nove de maio e seis de janeiro.

Há pouco tempo, o astrônomo britânico Colin Humphrey, professor da Universidade de Cambridge, chegou à conclusão que Jesus Cristo teria nascido em quinze de setembro do ano 7 a.e.c. O mapa astrológico levantado a partir desses dados, deve, contudo, ser analisado com atenção, pois apresenta posicionamentos muito condizentes com sua vida e missão. Apesar dessa polêmica toda, o fato é que a vinda ao mundo daquele que estaria destinado a sacrificar-se em nome de toda a humanidade é comemorada no dia vinte e cinco de dezembro, um dia muito especial e significativo. Todos os grandes avatares paridos por virgens surgiram nessa data e, segundo uma lei espiritual ou cósmica, um redentor ou salvador não pode nascer em nenhuma outra ocasião (na grande maioria das antigas religiões, os deuses ou seus filhos vieram ao mundo através de mulheres ditas puras e imaculadas: Krisna nasceu de uma virgem chamada Devaki; Buda, de uma chamada Maia ou Maria; Lao-Tsé, de uma virgem negra; Hórus de Ísis; e assim o foi com Rá, Zoroastro, Codom, Quetzalcoatl e tantos outros). Na verdade, o natal, do latim natalis, é o dia do solstício de inverno no hemisfério norte, época em que os dias começam a crescer novamente em relação às noites, e o ressurgimento do Sol era comemorado em quase todas as culturas da Europa, Ásia e também no Egito. Na Índia e na China, nesta época do ano, aconteciam festivais religiosos muito antes da Era Cristã. No Egito, se fixava a data da gravidez de Ísis nos últimos dias de março (equinócio de primavera) e, em fins de dezembro, os egípcios celebravam o nascimento de Hórus. Em Roma, também muito antes do nascimento de Cristo, realizava-se em vinte e cinco de dezembro uma festa chamada Natalis Solis Invicti (Natalício do Invencível Sol) em homenagem ao deus solar Mitra, quando então o trabalho era suspenso, declarações de guerra e execuções eram adiadas, e presentes eram trocados entre amigos e parentes (as Saturnais, festividades em homenagem a Saturno, aconteciam também por volta do solstício de inverno, possuindo algumas similaridades com a festa de Mitra). Os antigos escandinavos a essa época celebravam a noite-mãe ou Jul, festa em honra a Freyr, filho de Njörd e Nerthus (aqui também havia o costume de se trocar presentes). Os germanos por sua vez comemoravam esta data através de uma solenidade chamada Festa do Yule, onde todos os contratos eram renovados e os deuses consultados sobre os acontecimentos futuros. Não se pode deixar de mencionar os druidas da Grã-Bretanha e Irlanda, que nesse dia acendiam fogueiras no alto das colinas, assim como os gregos, que celebravam também nesse período o nascimento de Héracles. Para combater a concorrência dos deuses pagãos, principalmente o deus indo-iraniano Mitra, muito popular entre as classes oprimidas (o Mitraismo, assim como o Cristianismo, era uma religião que visava os desprivilegiados da época: escravos, pobres, mulheres etc) e aproveitando o fato de que os grandes avatares nasciam no solstício de inverno, a comunidade cristã reunida em um concílio no século V de nossa era decidiu fixar para o nascimento de Jesus, o dia vinte e cinco de dezembro ou a meia-noite do dia vinte e quatro, e assim surgiu o natal. O mapa astral de um avatar nascido nesta data e hora é extremamente significativo, e para ilustrar tal fato, tomemos como exemplo o próprio Cristo. A princípio temos a questão da volta do Sol, ou seja, da luz, o ser iluminado. O signo que ascende no leste às vinte e quatro horas do solstício de inverno no hemisfério norte seria Virgem, dando a nítida idéia do nascimento a partir de uma virgem; Libra na segunda casa mostra a necessidade de compartilhar, ou mesmo abrir mão dos bens materiais; Escorpião na terceira indica a profundidade de seus ensinamentos; Sagitário na quarta mostra o deslocamento de Maria grávida para Belém e depois as constantes viagens para fugir dos soldados de Herodes, mas há quem arrisque uma provável descendência alienígena (um anjo ou extraterrestre teria através de inseminação artificial colocado um óvulo fecundado no útero da mãe de Jesus); Capricórnio na quinta casa indica uma grande responsabilidade e até uma certa abstinência em relação aos prazeres da vida (Jesus também trabalhou com seu pai José quando criança); Aquário na sexta diz respeito a vida de homem livre que levou exercendo o seu trabalho (depois dos trinta), a pregação; Peixes (signo da exaltação de Vênus, o planeta do amor) na sétima mostra claramente o amor descompromissado e fraternal que tinha em relação a todos; Áries na oitava está relacionado com a morte violenta; Touro na nona casa mostra a forma simbólica com que passava seus ideais, ou seja, através de parábolas, usando na maioria das vezes exemplos relacionados à terra e a questões envolvendo dinheiro, bens materiais e trabalho; Gêmeos na décima indica um homem que teve por profissão, ou melhor dizendo, missão, a comunicação, a palavra, o ensinamento; Câncer na décima primeira diz respeito à forma como tratava seus amigos e seguidores: como uma grande família; e finalmente Leão na décima segunda casa mostra a dissolução do ego em função do todo, o sacrifício do homem em nome de toda a humanidade (fato que associa Cristo ao Arcano XII do Tarot, ?O Pendurado?, ou ?O Enforcado, um tipo de bode expiatório e/ou vítima sacrificial). O astro-guia, que poderia ser um cometa, uma estrela, ou mesmo uma conjunção de planetas (provavelmente Júpiter e Saturno) se encontrava no Meio-do-céu, em Gêmeos, signo de Hermes e Mercúrio, deuses psicopompos, condutores de almas, que velozes, com asas nos capacetes e calcanhares levaram os três reis magos até o deus-menino (existia a crença, principalmente entre os antigos magos, astrólogos ou sacerdotes, que o nascimento de um avatar ou líder que se tornaria um salvador era anunciado por um grande astro no céu). Ao natal estão associados alguns parâmetros que devem ser mencionados pela sua importância. Um deles é a árvore, cujo significado simbólico é muito rico. Em muitas culturas, a mesma é representada como centro e sustentáculo do cosmo, como o freixo Iggdrasil, da Mitologia Nórdica, cujas raízes, estão localizadas nos três mundos: Niflheim (mundo ctônio), Jötunheim (mundo terrestre) e Asgard (mundo celeste). Sendo assim, através de sua verticalidade, pode ser relacionada com uma escada, capaz de conduzir o homem do inferno ao Paraíso, do pecado à salvação. Além do mais, em pleno inverno (hemisfério norte), a árvore de natal está sempre verde, simbolizando o renascimento, ou ainda, a redenção. Os adornos (bolas vermelhas, douradas, etc) dizem respeito às maçãs da árvore da vida e/ou do conhecimento, podendo estar também relacionadas com os pomos de ouro do jardim das Hespérides, cuja função é trazer consciência. Outro símbolo típico do natal é papai Noel ou São Nicolau, ou ainda Santa Claus, que com seu trenó puxado por renas, distribui presentes para as crianças. Tal fato se deve a acontecimentos da vida do Santo padroeiro da Rússia. Segundo a tradição cristã, depois da morte de seus pais, cedeu sua herança aos pobres. Também a ele é atribuída a doação de dotes às filhas de famílias pobres. A sua façanha maior, porém, se deu quando então bispo da Lícia (Ásia Menor), convenceu os tripulantes de uma esquadra que se dirigia a Alexandria, a doar os carregamentos de cereais aos esfomeados lícios, assegurando que se o fizessem, quando chegassem ao seu destino, encontrariam nas despensas dos barcos a quantidade original de grãos. Atendendo ao pedido do sacerdote, os marinheiros ao chegarem no Egito verificaram que o mesmo havia dito a verdade, e diante de tal milagre, converteram-se ao cristianismo. Desta forma, pode-se perceber que o natal, muito mais do que uma festa onde as pessoas se reúnem com o intuito de comer, beber e trocar presentes, influenciadas por uma mídia voltada para o consumo, traz nas suas origens a essência dos avatares, que de tempos em tempos, aparecem para salvar e redimir a humanidade, sacrificando para isso, suas próprias individualidades e porque não dizer, divindades.