domingo, 25 de janeiro de 2009

Navegar: Home / Deus não Existe / Prova 06: Reflita sobre o “Plano Divino”
or Alenônimo em 12 de janeiro de 2007
“Plano Divino” é como os cristãos geralmente explicam coisas como amputações, câncer, tornados e acidentes de carro. Por exemplo, se um cristão morrer dolorosamente e tragicamente por causa de um câncer, ele morre como parte do plano de Deus. Sua morte teve um propósito. Deus a chamou para si por uma razão. Mesmo que aconteça algo mal a um cristão, na verdade é algo bom, pois é parte do plano divino.
Você pode ver o quão permeável é o “Plano Divino” vendo a literatura inspiracional cristã. Por exemplo, se olharmos no livro The Purpose Driven Life, de Rick Warren, encontramos este parágrafo notável no Capítulo 2:
Porque Deus fez você com um propósito, ele também decidiu quando você nasceria e por quanto tempo você viveria. Ele planejou os dias da sua vida adiantados, escolhendo a exata hora do seu nascimento e da sua morte. A Bíblia diz: “Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles.” Salmos 139:16
Tem também isto:
Independente das circunstâncias de seu nascimento ou de quem são seus pais, Deus fez um plano ao criar você.
Sob este ponto de vista, Deus planeja tudo.
Pare um momento e pense sobre o que Rick Warren disse. “Ele planejou os dias da sua vida adiantado, escolhendo a hora exata do seu nascimento e da sua morte.” Vamos examinar uma simples implicação desta declaração. O que ela diz é que Deus já pré-planejou cada aborto que já ocorreu no nosso planeta.
Se pensar sobre essa implicação por alguns instantes, irá perceber como o “Plano Divino” é impossível. Se o conceito de “Plano Divino” é verdade, você primeiro verá que Deus nos quer abortando crianças. Cada um dos abortos é planejado por Deus, então Deus deve estar fazendo isso por uma razão. Segundo, verá que tanto a mãe que pratica o aborto quanto o médico que o faz não podem ser responsabilizados. Já que foi Deus quem planejou o aborto da criança (Deus escolhe a exata hora do seu nascimento e da sua morte, de acordo com Rick Warren), a mãe e o doutor são simples marionetes que estão cumprindo o plano de Deus. Verá também que todos os cristãos que estão lutando contra abortos estão, na verdade, lutando contra o plano de Deus, e suas lutas serão completamente em vão. Deus é o todo-poderoso governador do universo, e seu plano é que milhões de crianças morram por ano nos Estados Unidos através do aborto. ref
Se você é um cristão, o que está pensando é “Deus não quer que façamos abortos!” Mas se acreditar no que Rick está dizendo, então estará obviamente errado. Deus é, na verdade, a causa direta de cada aborto da face da Terra. Se achar que esse conceito não lhe agrada, eu concordaria com você. Infelizmente, isto é o resultado da lógica do “Plano Divino”.
Pense em Adolph Hitler. Ele era o mal encarnado, e Hitler é bem conhecido pelas atrocidades que cometeu. O que eu irei pedir agora é que considere esta declaração: “Hitler fez parte do Plano Divino.” Pense no que Rick disse:
Ele planejou os dias da sua vida adiantado, escolhendo a hora exata do seu nascimento e da sua morte. A Bíblia diz: “Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles.” Salmos 139:16
Rick também diz:
Deus nunca faz nada acidentalmente, e ele nunca comete enganos. Ele tem uma razão para tudo o que cria. Cada planta e cada animal foram planejados por Deus, e cada pessoa foi definida com um propósito em mente.
Se Deus tinha um plano divino para cada um de nós, então ele tinha um plano divino para Hitler também. E é parando para pensar nisso profundamente que as contradições aparecem.
Agora imaginemos que você faça uma oração neste tipo de universo. Que diferença fará? Deus tem um plano e esse plano está descendo a ladeira feito um bonde desgovernado. Se Deus tem um plano, então cada pessoa que morreu no Holocausto morreu por uma razão. Eles tiveram que morrer e cada morte tinham seu significado. Portanto, as vítimas do Holocausto poderiam rezar o dia todo, que iriam morrer do mesmo jeito. A idéia de um “plano” faz a idéia de um “relacionamento de atendimento de preces por Deus” virar uma piada. Ainda assim, cristãos acreditam em ambas as idéias, apesar da contradição insolucionável.
Pense sobre o que significa o plano de Deus para você pessoalmente. Se o seu plano for o de que amanhã será atropelado por um ônibus, ou que terroristas irão explodi-lo, ou que será baleado na cabeça quatro vezes, então é o que irá acontecer. O mesmo vale para enfermidades. Se você contrair câncer esta tarde e morrer daqui a três meses, este é o plano de Deus para você. Rezar para curar o câncer é inútil. Deus planejou que você morresse então você morrerá. Ele pré-programou o exato momento da sua morte. Não há nada que possa fazer para mudar o plano — nenhuma quantidade de orações irá ajudar — porque sua morte teve um propósito e sua morte causará efeitos colaterais que também fazem parte do plano.
Com quem irá casar? Você na verdade não tem escolha nesta questão. Deus já pré-planejou seu casamento nos mínimos detalhes. Rick Warren diz “Deus sabia que aqueles dois indivíduos (seus pais) possuíam exatamente a composição genética certa para criar o “você” personalizado que ele tinha em mente. Eles tinham o DNA que Deus queria para fazer você.” Portanto, seu cônjuge foi pré-escolhido por Deus para você — Deus pré-planejou as gestações.
Além do mais, este tipo de universo significa que Hitler não teve culpa. Hitler não era “malvado” porque Hitler não tinha livre arbítrio nenhum. Hitler simplesmente foi um ator forçado a contracenar sua parte no plano divino. Deus planejou a morte de milhões de pessoas no Holocausto — planejou suas mortes nos mínimos detalhes de acordo com Rick Warren. Hitler teve que matar essas pessoas. Hitler era uma marionete de Deus para que esses milhões de mortes acontecessem na hora marcada.
Da mesma maneira, nenhum assassinato é culpa de alguém. Já que Deus planejou cada uma de nossas mortes nos mínimos detalhes, assassinos são, na verdade, essenciais para o plano divino. Por que puni-los? Nós deveríamos era recompensá-los por cumprirem duas obrigações com o plano de Deus. E se você for estuprada amanhã e ficar grávida? Deus fez isso porque ele planejou a hora exata do nascimento e da morte dessa criança. Deus na verdade agendou seu estupro, e o estuprador foi uma marionete de Deus. Ao invés de odiar o estuprador, deveríamos celebrar o plano de Deus.
Você acredita que assassinos e estupradores deveriam ser recompensados? Acredita que Hitler foi enviado por Deus para matar milhões de pessoas no holocausto? Acredita que Deus é a causa direta de cada aborto do planeta? Acredita que você não tenha escolha nenhuma sobre com quem irá viver e sobre as gestações de seus filhos? Se você é um indivíduo são, então provavelmente não. Mas é isso que você está dizendo: que Hitler ou o câncer ou qualquer coisa mais faz parte do “Plano Divino”
A declaração “Faz parte do Plano Divino” é um desses paliativos que, quando se pára para pensar usando o bom senso, não faz sentido algum. Essa falta de senso mostra que Deus não existe.
Página original: Proof #6 - Ponder God’s PlanTraduzido por: AlenônimoRevisado por: Fernando Silva
Publicado em Deus não Existe Tags: God is Imaginary, Plano Divino Prova 06: Reflita sobre o “Plano Divino”
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Ateísmo Positivo
Por Fernando Silva em 11 de janeiro de 2007
Uma religião afirma coisas. O ateísmo, em geral, nega coisas. Poderíamos dizer que religiões são positivas e o ateísmo é negativo. Ele não se define por valores próprios mas pela negação dos valores das religiões. Para que o ateísmo se torne positivo (ou afirmativo) é preciso mostrar que há vantagens em não se ter um deus e uma crença religiosa. De modo geral, a escolha certa é aquela que nos faz feliz ou, pelo menos, nos ajuda a enfrentar a vida. Uma religião pode não ter nenhuma base lógica, mas adotá-la se justifica se seus efeitos em nossa vida são positivos. Religiões nos trazem esperança, nos convencem de que há justiça no universo. Seremos um dia recompensado pelo bem que fizermos e o mal será punido. A morte não é mais o fim, apenas a passagem para uma vida melhor.
Por outro lado, religiões nos trazem o medo da punição, a culpa por termos feito ou deixado de fazer alguma coisa que, na verdade, não prejudica nem beneficia ninguém. Elas nos levam a nos humilharmos e nos autodesvalorizarmos diante de Deus. Exigem que paguemos por supostos pecados com penitências que em nada enriquecem a comunidade ou o próprio indivíduo. Geram intolerância e rejeição dos que têm outra fé, condenam as atitudes nos outros só porque contrariam o que está no “livro sagrado” etc. Até que ponto é preciso se ater ao que está escrito sem se tornar um fundamentalista? A doutrina é confusa e há muitos modos de interpretá-la. É louvável e meritório ser virtuoso apenas por medo do inferno? Qual religião é a verdadeira, entre tantas? A fé nos leva a agir sem pensar, a seguir dogmas sem discutir sua validade. Precisamos da razão e da dúvida constante para limitar nossos erros, para questionarmos constantemente nossas decisões.
Ateus não seguem dogmas. Procuram pensar com a própria cabeça e fazer o que lhes parece certo, porque é certo e não porque “está escrito”, nem porque esperam uma recompensa em outra vida ou têm medo do inferno. Embora tenham defeitos como todo ser humano, estão livres para ser mais tolerantes em relação ao que os outros pensam, porque acha que opinião própria é o direito de cada um. Eles não têm uma religião que lhes diga, a priori e sem justificativas, o que aceitar ou não. Não têm nenhum motivo, além de possíveis razões pessoais, para discriminar mulheres ou homossexuais. Podem se dedicar mais a melhorar este mundo, o único que eles conhecem, em lugar de apenas esperar pela hora de ir para o céu, sem o conformismo de aceitar que “as coisas são assim mesmo” ou “é a vontade de Deus”. Não desperdiçam a vida em orações improdutivas fechados em um convento. Um ateu não se vê como um joguete na luta entre Deus e o Diabo pela sua alma; ele é o único responsável pelos seus atos. Ele tem toda a culpa pelos seus erros e todo o mérito pelos seus acertos.
Religiões oferecem respostas a todas as dúvidas e regras de conduta para qualquer ocasião. Ateus têm que pensar com a própria cabeça e tirar suas próprias conclusões, o que os ajuda a refletir melhor e mais profundamente antes de decidir. Respostas simplistas levam as mentes simplistas, mas, é claro, muitos preferem à segurança de um dogma incerteza de uma busca por respostas. É por isto que não se deve tentar ”desconverter” as pessoas. Quando e se elas estiverem prontas, irão procurar respostas fora de sua religião.
Pessoas religiosas que preferem ignorar os mandamentos de seus “livros sagrados” que lhes parecem excessivos ou cruéis estão agindo como ateus, pensando com sua própria cabeça e seguindo sua razão, embora muitas vezes nem se dêem conta disto.
Ateus devem se policiar, entretanto, para não repetir os erros das religiões. Devem respeitar as escolhas dos crentes, por mais obtusas que lhes pareçam. Quando instados a defender sua posição, destacar os aspectos positivos do ateísmo, como a liberdade de escolha e a racionalidade, evitando atacar os aspectos negativos desta ou daquela religião ou duvidar da inteligência do interlocutor.
Sim, é possível ser um ateu militante. Pode até ser necessária como forma de defender sua liberdade de expressão num mundo ameaçado pelo fundamentalismo. Mas é preciso levar em conta que uma postura agressiva só reforçará os estereótipos do “ateu revoltado e perverso”, do “ateu sem moral e sem limites”. Contra a fé, a razão nem sempre faz efeito. Comecemos confundindo os crentes, sendo o oposto daquilo que eles esperam de nós. Sejamos honestos, prestativos e respeitadores das leis.
Aos poucos, e com cuidado para evitar a rejeição, procuremos despertar nos religiosos a consciência de que a “verdade” deles não é a única. Que é possível ser feliz e decente sem um deus. Que a crença em deuses não fez da humanidade um lugar melhor, talvez muito pelo contrário.
Não é possível desconverter uma pessoa de fora para dentro, mas podemos torná-la mais tolerante. Fazê-la entender que há outros modos de pensar igualmente aceitáveis. Que a crença delas não é uma escolha óbvia e que ninguém se torna um pervertido, condenado ao inferno, por não adotá-la. Fazê-la entender que não é possível “rejeitar” um deus em que não se acredita.
Autor: Fernando Silvainspirado em Paul O’Brien: Gentle Godlessness

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

DEUS?

O homem na sua ignorância aceitou a imposição do próprio homem, o que atingiu um conhecimento melhor e invés de ensinar ao 1° a seguir seus passos, preferiu usar de astúcia e explora-lo, para tanto criou um ser onipotente, onisciente e onipresente, elaborou um livro que foi chamado de bíblia sagrada, este livro é a palavra desse deus, aqui já temos alguma coisa que de certa forma é incoerente, como um ser com os atributos acima necessita de deixar sua palavra? Ora entre seus atributos não tem aquele de sua onipresença? Hein? Ora ele não é onisciente? Qual a razão, então, dele deixar um livro que requer n interpretações, contraditório e às vezes moral, amoral e imoral? Se ele já sabe previamente tudo que vai acontecer, se ele está presente a todos os acontecimentos e detém o poder de influenciar diretamente os acontecimentos futuros, não há razão alguma de deixar algo que apenas uma diminuta parcela, por acaso aquela daqueles que dizem seus representantes, o poder da verdadeira interpretação, será? O mais curioso é que essa diminuta parcela inventou que deus requer um décimo de tudo que se produz para ele, o mais interessante é que essa parcela que utiliza e usa ao seu bel prazer os valores arrecadados, e bem pensando, se existisse realmente um deus, sem dúvida alguma ele seria o dono de tudo que existe, e não interessaria que as pessoas sacrificassem o leite de suas crias para dar os 10% exigidos por seus representantes. E mais, ninguém, ninguém mesmo teria qualquer dúvida quanto à existência dele, acredito o quanto seria maravilhoso alguém para nos ajudar e zelar por nos, que pena que tal entidade só exista em cérebros que teimam em viver dentro dos parâmetros emocionais e ainda não atingiram a idade da razão.