quinta-feira, 24 de março de 2011

As Religiões Antigas e o Novo Testamento
Aureliano 29/08/2004 18:02
aurelianopuca@yahoo.com.br


As Religiões Antigas e o Novo Testamento

Ao longo dos séculos, muito se escreveu sobre religião de um modo geral, sua intenção, sua relevância e sua contribuição à humanidade. Em particular, na América e no ocidente muitos livros foram escritos para especular a natureza e o fundo histórico do personagem principal da religião cristã, Iehoshua de Nazaré, O Cristo, segundo os cristãos. Muitos tentaram buscar no passado indícios a respeito da identidade de Iehoshua e produzir um esboço biográfico que confirme a fé ou que revele um lado mais humano deste homem que os cristãos tanto se relacionam. Obviamente, considerando o tempo e a energia gastos neles, os assuntos relacionados ao Cristianismo e ao seu fundador são muito importantes para a mente e a cultura ocidentais. Apesar de toda esta literatura que está sendo produzida continuamente e do significado deste assunto para o público, há uma séria e larga falta de instrução formal a respeito das origens da religião cristã e das características de outras religiões de uma forma geral, e a maioria dos fiéis é altamente desinformada neste ponto. Com relação ao Cristianismo, por exemplo, a maioria dos fiéis aprende nas escolas e igrejas que Iehoshua, O Cristo, foi uma figura histórica real e que alguns povos aceitam-no como o Filho do Eterno e o Mashiach, enquanto que outros não o aceitam. Contudo, ainda que este assunto é o mais comum e mais debatido ainda hoje, no momento não é o mais importante. Embora possa parecer chocante à população em geral, o problema aqui é identificar se uma pessoa chamada Iehoshua, O Cristo, existiu realmente. Devemos observar aqui que o Iehoshua de Nazaré pode ser analisado de duas formas: O Iehoshua de Nazaré dos evangelhos e o Iehoshua, O Cristo, ou seja, o personagem cuja sucessão de fatos levaram o Iehoshua de Nazaré a ser o Cristo. Em outras palavras, tentaremos mostrar que este personagem último, Iehoshua, O Cristo, incorpora, em suas características, muitos traços de divindades que podem ser comparadas com divindades presentes em religiões mais antigas. Embora este debate não seja exibido de uma forma clara e evidente em livros comuns que podem ser encontrados nas prateleiras das livrarias, percebe-se, ao se examinar este assunto, que existe um número muito grande de obras que demonstra repetidamente e de forma lógica, que o personagem Iehoshua, O Cristo, possui uma coletânea de características semelhantes às divindades mais antigas do que ele, sobretudo aquelas das regiões da Suméria, Fenícia, Índia, Egito, Grécia, de Roma e de outros povos. Descobre-se que este assunto não, consequentemente, representa a história de um carpinteiro judeu cuja encarnação física tenha ocorrido há dois mil anos atrás, ou seja, demonstra-se que este personagem, Iehoshua, O Cristo, foi constituído de divindades de outras religiões e não descreveu uma pessoa real, mas que foi construído de uma forma sobre-humana por seguidores entusiásticos que não sabiam como caracterizá-lo. Este problema existiu desde o começo da igreja e mesmo os escritos literários dos pais da igreja revelam que foram forçados constantemente pelos intelectuais pagãos da época para defender este pensamento, e que os não-cristãos e outros cristãos julgaram como uma história absurda e fabricada sem absolutamente nenhuma evidência do que ocorreu no passado. De acordo com estas afirmações, o Novo Testamento parece ser uma coletânea de fábulas.

Há um século atrás, o pesquisador Albert Churchward, em sua obra The Origin and Evolution of Religion (Origem e a Evolução da Religião) - Published and Distributed by Lushena Books, Incorporation - October 2003, afirmou: Os evangelhos canônicos podem ser mostrados como sendo uma coleção de provérbios dos Mitos e da Escatologia dos egípcios. Em sua obra Forgery in Christianity - A Documented Record of the Foundations of the Christian Religion (Falsificação no Cristianismo - Um Documento Record da Fundação da Religião Cristã) - Kessinger Publishing Company - March 1997, Joseph Wheless afirmou que os evangelhos são falsificações sacerdotais feitas mais do que um século após as suas datas fingidas. Aqueles que compuseram alguns dos evangelhos e as epístolas alternativas as quais atravessaram os primeiros dois séculos da era comum, admitiram mesmo que tinham falsificado os documentos. A falsificação durante os primeiros séculos da existência da igreja era incontestavelmente desenfreada, de tal forma que a expressão Fraudes Piedosas foi usada para descrevê-la. Alguns dos chamados grandes pais da igreja, tal como Eusébio de Cesaréia, foram chamados por seus próprios companheiros de serem mentirosos inacreditáveis, os quais escreviam regularmente suas próprias ficções do que realmente Iehoshua teria afirmado e feito durante a sua vida. Com o fito de reescrever a história à luz dos caprichos e interesses dos vencedores, Eusébio de Cesaréia, biógrafo do imperador Constantino I e historiador oficial da igreja romana, juntou todo um ramalhete de piedosas falsificações, que outros filósofos como Irineu, Epifânio e Tertuliano, já haviam começado a perpetrar, assim se consumando em uma das maiores fraudes da história da humanidade. Entretanto, toda a história oficial do Cristianismo dos primeiros séculos está baseada na suposta autoridade de Eusébio e de todos os que lhe haviam fornecido os materiais que ele tão habilmente manuseou, juntou e acrescentou. [Estudar o livro de G.A. Williamson intitulado Eusebius - The History of the Church from Christ to Constantine (Eusébio - A História da Igreja de Cristo a Constantino) - Penguin Books (1965)]. A afirmação de que Iehoshua, O Cristo, é constituída de outras divindades pode ser provada não somente através dos trabalhos dos dissidentes e dos "pagãos" que souberam a verdade (e que foram refutados ou assassinados em sua batalha contra os sacerdotes cristãos e os chamados "pais da igreja" que enganavam às massas com suas ficções), mas também através das indicações dos próprios cristãos, que divulgavam continuamente que Iehoshua, O Cristo, possuia características de algumas divindades cultuadas mais antigas espalhadas por todo o mundo. De fato, o Papa Leão X, privilegiado por causa de sua classe elevada, fez certa vez uma declaração muito curiosa: Quantum nobis prodeste haec fabula Christi!!! (Que lucro não nos trouxe esta fábula de Cristo!!!) Este papa ficou muito rico entre os anos de 1518 e 1521. Desta forma, ele pôde comprar posições privilegiadas da igreja romana, até o dia em que assumiu o papado. Assim, com apenas 8 anos de idade tornou-se Arcebispo e aos 13 anos tornou-se Cardeal. Manteve uma côrte licenciosa com seus amigos também cardeais, com quem praticava "passatempos" voluptuosos em deslumbrantes palácios. Foi este papa que Lutero enfrentou em suas discussões.

De suas próprias admissões, os cristãos esclarecidos foram, sob crítica contínua de eruditos de grande reputação, impugnados como pagãos por seus adversários cristãos. Este grupo incluía também muitos gnósticos, que foram arduamente contra a idéia da carnalização de Iehoshua de Nazaré. Os cristãos também se apropriaram de muitas das características do seu deus e do deus-homem dos gnósticos. As refutações dos cristãos contra os gnósticos revelaram que o deus-homem dos cristãos era um insulto aos gnósticos, os quais afirmavam que o seu deus nunca poderia possuir uma forma humana. Está muito bem relatado que nos documentos dos cristãos, as epístolas ou as cartas atribuídas a Paulo, não é discutido um fundo histórico de Iehoshua, mas tratam exclusivamente de um ser espiritual que já era conhecido de todas as denominações gnósticas há vários anos. Poucas referências históricas à uma vida real de Iehoshua citadas nestas cartas podem ser demonstradas como sendo interpolações e falsificações. Como Edouard Dujardin afirma, a literatura de Paulo não se refere a Pilatos, ou aos romanos, ou a Caifás, ou ao Sanhedrin, ou a Herodes, ou a Judas, ou às mulheres sagradas, ou a nenhuma pessoa na narração do Evangelho da Paixão, e que também nunca faz-lhes nenhuma alusão; última, que não menciona absolutamente nenhum dos eventos da Paixão, diretamente ou por alusão. Dujardin afirma também que as obras dos cristãos adiantados tal como o Apocalipse não mencionam nenhum detalhe ou drama histórico. No momento, não há um espaço adequado aqui para detalhar de que forma as características de outras religiões contribuíram para a formação do caráter de Iehoshua, O Cristo. É suficiente apenas dizer que há uma abundância de documentação para mostrar que este assunto não trata somente de fé ou de crença. A verdade é que durante a era em que este personagem supostamente viveu, havia uma biblioteca extensiva em Alexandria e uma rede de fraternidade incrivelmente ágil que ia da Europa até a China, e esta rede de informação tinha o acesso aos numerosos manuscritos que comentavam os escritos do Novo Testamento, com nomes de lugar e entidades diferentes para os personagens. Na realidade, as características de Iehoshua, O Cristo, estão identicamente muito próximas às características de Krishna, com muitos detalhes, como foi apresentado pelo historiador Gerald Massey há mais de cem anos atrás e também pelo Rev. Robert Taylor há 160 anos atrás, entre outros. As características de Krishna como narrada nos Vedas indianos são datadas de pelo menos 1.400 antes da era comum. As características de Iehoshua, O Cristo, incorporou elementos desta e de outras dinvindades descritas, como Salvador do mundo, Filho de Deus, que foi crucificado ou executado e etc, a maioria das quais ajudaram na formação do Cristianismo. Algumas destas divindades são as seguintes:

 Adad da Assíria;
 Adonis, Apolo, Héracles (Hércules), e Zeus da Grécia;
 Alcides de Tebas;
 Attis da Frígia;
 Baal da Fenícia;
 Bali do Afeganistão;
 Beddru do Japão;
 Buda da Índia;
 Crite da Caldéia;
 Deva Tat do Sião;
 Hesus dos Druidas;
 Hórus, Osíris e Seráphis do Egito, cuja a aparência da barba e do cabelo longo foi adotada para o caráter de Iehoshua, O Cristo;
 Indra do Tibet;
 Jao do Nepal;
 Krishna da Índia;
 Mikado do Sintoos;
 Mithra e Zaratustra da Pérsia;
 Odin da Escandinávia;
 Prometheus do Cáucaso;
 Quetzalcoatl do México;
 Salivahana de Bermuda;
 Tammuz da Síria (que foi, um ídolo, modificado mais tarde para Tomé, o discípulo sem fé);
 Thor dos Gauls;
 Monarca Universal do Sibyls;
 Wittoba dos Bilingoneses;
 Xamolxis da Trácia;
 Zoar dos Bonzes;

Embora a maioria das pessoas pense que Buda foi um homem que viveu em torno de 500 antes da era comum, o seu caráter descrito geralmente como Buda pode também ser demonstrado como sendo constituído de outras divindades que se transformavam em homens que viveram antes de Buda e também que o sucederam. Na realidade, Buda é um título, assim como Cristo. As características de Buda possui em comum com as de Iehoshua, O Cristo, o seguinte:

 Buda nasceu da virgem Maya;
 Executava milagres e maravilhas;
 Esmagou a cabeça de uma serpente;
 Aboliu a idolatria;
 Subiu ao Nirvana ou aos céus;
 Era considerado O Bom Pastor;

As características de Iehoshua, O Cristo, e de Hórus também são muito semelhantes, com Hórus contribuindo mais ainda para a formação do Cristianismo. As histórias a respeito de Hórus datam de milhares de anos, e ele compartilha em comum com Iehoshua, O Cristo, o seguinte:

 Hórus nasceu de uma virgem em 25 de dezembro;
 Teve 12 discípulos;
 Foi enterrado em um túmulo e ressuscitado;
 Era intitulado a Luz, a Verdade, a Vida, o Messias, o Filho Ungido de Deus, o Bom Pastor, etc;
 Executava milagres e ressuscitou um homem de nome El-Azar-us, dentre os mortos (dái provém o personagem Lázaro como consta nos evangelhos);
 O epíteto pessoal de Hórus era Iusa, o Filho eterno de Ptah, seu Pai;
 Hórus é chamado também de O Krst, ou O Ungido, muito tempo antes dos evangelhos;

Nas catacumbas de Roma estão os retratos do bebê Hórus, o qual está preso pela sua mãe, a Virgem Ísis, a Madonna. A área do Vaticano está construída em cima do papado de Mithra, o qual também compartilha de muitas características com Iehoshua, O Cristo, que, segundo os estudiosos, trata-se de uma divindade que já era cultuada muito antes do aparecimento de Iehoshua (em torno de 600 anos). A hierarquia cristã é quase idêntica à versão de Mithra que foi substituída por Iehoshua, O Cristo. Segundos os estudiosos, Mithra é o Desu-Sol da Pérsia. As características de Mithra possui em comum com Iehoshua, O Cristo, o seguinte:

 Mithra nasceu de uma virgem em 25 de dezembro;
 Era considerado um professor e um mestre que fazia grandes viagens;
 Era chamado de O Bom Pastor (daí Jesus dizer nos evangelhos que era o bom pastor);
 Era considerado a Luz, a Verdade e a Vida;
 Era considerado o Redentor, o Salvador, o Messias;
 Era identificado com o leão e o cordeiro (daí provém as expressões leão de Judá e cordeiro imolado atribuídos a Jesus, no Novo Testamento);
 Seu dia sagrado era o domingo (Dia do Senhor), centenas de anos antes do aparecimento de Jesus;
 Sua festa principal é comemorada exatamente durante o período que se transformou mais tarde na páscoa dos cristãos;
 Tem 12 companheiros ou discípulos;
 Executava milagres;
 Foi enterrado em um túmulo;
 Ressuscitou três dias após a sua morte;
 Sua ressurreição era comemorada a cada ano pelos fiéis;

As semelhanças entre Iehoshua, O Cristo, e Krishna são muitas:

 Krishna nasceu da Virgem Devaki (que significa Divina);
 É chamado o Deus-Pastor;
 É a segunda pessoa da Trindade;
 Foi perseguido por um tirano quem requisitou o massacre de milhares de crianças (daí nos evangelhos estar relatado o massacre das crianças por ordem de Herodes);
 Executava milagres e maravilhas;
 Em algumas tradições morreu em uma árvore;
 Subiu aos céus;

Ao longo dos anos que se passaram, os cristãos fizeram um frenesi tão intenso com estas divindades para construir as características de Iehoshua, O Cristo, que além de censurarem os cristãos esclarecidos e os gnósticos sob pena de morte, criaram, no tempo do imperador romano Constantino I, o maior embuste, o maior engôdo, a maior mentira religiosa criada pela mente humana. Aqueles que tentaram demonstrar a verdade dos fatos foram sufocados pelos jogos de interesses políticos temporais. Estabelecido assim o acordo, originou-se então a religião universal do império romano, a Igreja Católica Apostólica Romana. Os cristãos mal intencionados asseguraram que o segredo deles estaria escondido das massas, mas os eruditos e gnósticos de outras escolas nunca abandonaram seus argumentos contra a caracterização de Iehoshua, O Cristo. Os argumentos destes dissidentes instruídos foram perdidos porque os cristãos mal intencionados destruíram todos os traços de seus trabalhos. Todavia, os cristãos esclarecidos e gnósticos preservaram as disputas de seus detratores com às próprias refutações dos cristãos mal intencionados. Por o exemplo, Tertuliano, o Pai adiantado da Igreja, (160-220 da era comum), um ex-pagão e bispo de Cartago, admitiu ironicamente as origens verdadeiras das personalidaes que compuseram Iehoshua, O Cristo, e de todos os deuses-homens. É interessante que Tertuliano, um crente e defensor da fé, renunciou mais tarde ao Cristianismo.

A razão porque todas estas narrativas são semelhantes com um deus-homem que é crucificado, ressuscitado, que faz milagres e que tem 12 discípulos, é que estas histórias também podem ser encontradas quando se estuda os movimentos do sol através do céu, um desenvolvimento astro-teológico que se pode encontrar em torno do mundo porque o sol e os 12 signos do zodíaco podem ser observados em torno do globo terrestre. Em outras palavras, fazendo-se analogias entre Iehoshua, O Cristo, e os 12 discípulos, podemos perceber que estes elementos personificam o sistema solar, e é neste ponto que os evangelhos levam em consideração os movimentos do sol através dos céus. Certamente, da mesma forma que os 12 trabalhos de Hércules e os 12 ajudantes de Hórus, analogia nos conduz ao resultado de que os 12 discípulos de Iehoshua, O Cristo, simbolizam também as casas zodiacais ao invés de descreverem personagens, literalmente falando, que tenham desempenhado um papel na sociedade judaica em torno de 30 e.c. Estes discípulos também podem ser observados como semi-deuses, heróis e constelações. O historiador Gerald Massey, por exemplo, afirma em sua obra intitulada Gnostic and Historic Christianity - Holmes Publishing Group, LLC - Softcover Edition, que o livro do Apocalipse, em vez de ter sido escrito por um apóstolo chamado João, durante o primeiro século da era comum, é na realidade um texto cujo conteúdo que datam possivelmente de 4.000 anos. Massey afirma que o Apocalipse relaciona a legenda de Zaratustra/Zoroastro. A forma comum deste texto foi atribuído pelo historiador Churchward a Aan, escrivão de Hórus, cujo nome nos foi transmitido como João. Hórus, segundo os estudiosos, foi batizado por Anup, o Batista, o qual desempenha o papel de João, o Batista, nos evangelhos. Judas, por exemplo, é dito representar a Constelação do Escorpião, a qual representa o mal da língua, justamente no período em que os raios do sol enfraquecem-se e ele parece morrer (como tivesse sido pego à traição, como aconteceu com Iehoshua, conforme os relatos dos evangelhos). Muitas das histórias referentes a deuses-homens que foram crucificados têm seu aniversário tradicional em 25 de dezembro. Isto, porque os povos antigos reconheciam (através de uma perspectiva geocêntrica) que o sol faz uma descida anual para o sul até 21 ou 22 de dezembro (o chamado solstício de inverno) quando pára de se mover para o sul por três dias e começa então a se mover para o norte outra vez. Durante este tempo, os antigos declaravam que o sol do deus tinha morrido por três dias e renascia ou ressuscitava em 25 de dezembro. Daí o fato de nos evangelhos está relatado a ressurreição de Iehoshua três dias após a sua morte. Não é à toa que os cristãos dizem que Iehoshua é o sol da Justiça. Os antigos acreditavam piamente que o sol retornava a cada dia e que seria um problema grande se ele continuasse a se mover para o sul e não parasse e não invertesse sua direção. Assim, estas muitas culturas diferentes comemoravam o aniversário do sol do deus em 25 de dezembro. Assim, quando os cristãos adoram o Criador aos domingos, eles inocentemente estão dando continuidade ao culto solar. Seu salvador é realmente o sol, que é chamado a Luz do Mundo, o qual cada olho pode ver. O sol foi observado por toda a história como o salvador da humanidade por razões óbvias. Sem o sol, o planeta duraria mal um dia. As características do sol de deus são as seguintes:

 O sol morre por três dias em 22 de dezembro (o solstício de inverno) quando pára em seu movimento para o sul, e nasce outra vez em 25 de dezembro, quando então recomeça seu movimento para o norte;

 Em algumas áreas, o calendário começava originalmente na constelação de Virgo, e o sol consequentemente nasceu de uma virgem (daí estar relatado nos evangelhos que Iehoshua nasceu de uma virgem);

 O sol é a luz do mundo (daí Iehoshua, nos evangelhos, se auto declarar a Luz do Mundo);

 O sol vem envolto de nuvens e cada olho o vê (daí estar relatado nos evangelhos que Iehoshua subiu aos céus envolto de nuvens e retornará pela segunda vez do mesmo em que subiu aos céus);

 O sol levanta-se pela manhã e é o Salvador da humanidade;

 O sol veste uma corona ou coroa dos espinhos (daí estar relatado nos evangelhos que só Iehoshua foi coroado com uma coroa de espinhos, exceto os outros dois ladrões);

 Os seguidores ou os discípulos do sol são os 12 mêses do ano e os 12 sinais do zodíaco, através dos quais o sol deve passar ou caminhar (daí estar relatado nos evangelhos que Iehoshua ao ver os pescadores, diz: Vem e segue-me);

De acordo com os Evangelhos de Mateus e Lucas e com as informações acima, podemos encontrar em Iehoshua as características de um Avatar. Para isto, vamos iniciar o nosso estudo utilizando a passagem profética de Isaías muito conhecida pelos cristãos: Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará 'Deus Conosco'. (Yeshayáhu 7,14) Estas foram as palavras ditas pelo profeta há aproximadamente setecentos e cinqüenta anos antes do advento da Era Cristã, prevendo a vinda daquele que se tornaria um dos deuses mais cultuados do ocidente em todos os tempos. A mulher que conceberia tal divindade teria que ser de uma pureza extrema, uma alma também iluminada. Por apresentar tais qualidades, a jovem Maria, filha de Ana e Joaquim, foi a escolhida, sendo então, de acordo com as escrituras sagradas, fecundada pelo Espírito Santo. O nascimento de Jesus, no entanto, é algo ainda cercado de mistérios, já que não foi documentado com precisão. Fatos narrados, como o episódio dos pastores guardando seus rebanhos no campo, não batem com a data proposta, e a confusão quanto ao local da natividade também se faz presente, pois os evangelhos não coincidem quanto a isso (Mateus fala de uma casa; Lucas de um estábulo; e outros, na sua maioria apócrifos, mencionam uma caverna, cujo simbolismo está relacionado a ritos de iniciação). A tarefa de descobrir a verdadeira data do nascimento do Cristo é das mais complexas, pois além do fato de seus próprios discípulos não terem se preocupado em registrá-la (aliás isso é muito comum em se tratando de avatares), há diferenças entre os calendários utilizados na época e os de agora. O que se sabe é que os cristãos primitivos a comemoravam através de um festival realizado em maio ou, por vezes, em abril e, em outras ocasiões em janeiro. De acordo com antigas tradições da Igreja, as datas mais cotadas seriam o vinte de maio, o dezenove de abril (esta segundo Clemente de Alexandria) e o vinte de abril. Existem, no entanto, outras que também são levadas em consideração: vinte e oito de março, vinte e nove de maio e seis de janeiro.

Há pouco tempo, o astrônomo britânico Colin Humphrey, professor da Universidade de Cambridge, chegou à conclusão que Jesus Cristo teria nascido em quinze de setembro do ano 7 a.e.c. O mapa astrológico levantado a partir desses dados, deve, contudo, ser analisado com atenção, pois apresenta posicionamentos muito condizentes com sua vida e missão. Apesar dessa polêmica toda, o fato é que a vinda ao mundo daquele que estaria destinado a sacrificar-se em nome de toda a humanidade é comemorada no dia vinte e cinco de dezembro, um dia muito especial e significativo. Todos os grandes avatares paridos por virgens surgiram nessa data e, segundo uma lei espiritual ou cósmica, um redentor ou salvador não pode nascer em nenhuma outra ocasião (na grande maioria das antigas religiões, os deuses ou seus filhos vieram ao mundo através de mulheres ditas puras e imaculadas: Krisna nasceu de uma virgem chamada Devaki; Buda, de uma chamada Maia ou Maria; Lao-Tsé, de uma virgem negra; Hórus de Ísis; e assim o foi com Rá, Zoroastro, Codom, Quetzalcoatl e tantos outros). Na verdade, o natal, do latim natalis, é o dia do solstício de inverno no hemisfério norte, época em que os dias começam a crescer novamente em relação às noites, e o ressurgimento do Sol era comemorado em quase todas as culturas da Europa, Ásia e também no Egito. Na Índia e na China, nesta época do ano, aconteciam festivais religiosos muito antes da Era Cristã. No Egito, se fixava a data da gravidez de Ísis nos últimos dias de março (equinócio de primavera) e, em fins de dezembro, os egípcios celebravam o nascimento de Hórus. Em Roma, também muito antes do nascimento de Cristo, realizava-se em vinte e cinco de dezembro uma festa chamada Natalis Solis Invicti (Natalício do Invencível Sol) em homenagem ao deus solar Mitra, quando então o trabalho era suspenso, declarações de guerra e execuções eram adiadas, e presentes eram trocados entre amigos e parentes (as Saturnais, festividades em homenagem a Saturno, aconteciam também por volta do solstício de inverno, possuindo algumas similaridades com a festa de Mitra). Os antigos escandinavos a essa época celebravam a noite-mãe ou Jul, festa em honra a Freyr, filho de Njörd e Nerthus (aqui também havia o costume de se trocar presentes). Os germanos por sua vez comemoravam esta data através de uma solenidade chamada Festa do Yule, onde todos os contratos eram renovados e os deuses consultados sobre os acontecimentos futuros. Não se pode deixar de mencionar os druidas da Grã-Bretanha e Irlanda, que nesse dia acendiam fogueiras no alto das colinas, assim como os gregos, que celebravam também nesse período o nascimento de Héracles. Para combater a concorrência dos deuses pagãos, principalmente o deus indo-iraniano Mitra, muito popular entre as classes oprimidas (o Mitraismo, assim como o Cristianismo, era uma religião que visava os desprivilegiados da época: escravos, pobres, mulheres etc) e aproveitando o fato de que os grandes avatares nasciam no solstício de inverno, a comunidade cristã reunida em um concílio no século V de nossa era decidiu fixar para o nascimento de Jesus, o dia vinte e cinco de dezembro ou a meia-noite do dia vinte e quatro, e assim surgiu o natal. O mapa astral de um avatar nascido nesta data e hora é extremamente significativo, e para ilustrar tal fato, tomemos como exemplo o próprio Cristo. A princípio temos a questão da volta do Sol, ou seja, da luz, o ser iluminado. O signo que ascende no leste às vinte e quatro horas do solstício de inverno no hemisfério norte seria Virgem, dando a nítida idéia do nascimento a partir de uma virgem; Libra na segunda casa mostra a necessidade de compartilhar, ou mesmo abrir mão dos bens materiais; Escorpião na terceira indica a profundidade de seus ensinamentos; Sagitário na quarta mostra o deslocamento de Maria grávida para Belém e depois as constantes viagens para fugir dos soldados de Herodes, mas há quem arrisque uma provável descendência alienígena (um anjo ou extraterrestre teria através de inseminação artificial colocado um óvulo fecundado no útero da mãe de Jesus); Capricórnio na quinta casa indica uma grande responsabilidade e até uma certa abstinência em relação aos prazeres da vida (Jesus também trabalhou com seu pai José quando criança); Aquário na sexta diz respeito a vida de homem livre que levou exercendo o seu trabalho (depois dos trinta), a pregação; Peixes (signo da exaltação de Vênus, o planeta do amor) na sétima mostra claramente o amor descompromissado e fraternal que tinha em relação a todos; Áries na oitava está relacionado com a morte violenta; Touro na nona casa mostra a forma simbólica com que passava seus ideais, ou seja, através de parábolas, usando na maioria das vezes exemplos relacionados à terra e a questões envolvendo dinheiro, bens materiais e trabalho; Gêmeos na décima indica um homem que teve por profissão, ou melhor dizendo, missão, a comunicação, a palavra, o ensinamento; Câncer na décima primeira diz respeito à forma como tratava seus amigos e seguidores: como uma grande família; e finalmente Leão na décima segunda casa mostra a dissolução do ego em função do todo, o sacrifício do homem em nome de toda a humanidade (fato que associa Cristo ao Arcano XII do Tarot, ?O Pendurado?, ou ?O Enforcado, um tipo de bode expiatório e/ou vítima sacrificial). O astro-guia, que poderia ser um cometa, uma estrela, ou mesmo uma conjunção de planetas (provavelmente Júpiter e Saturno) se encontrava no Meio-do-céu, em Gêmeos, signo de Hermes e Mercúrio, deuses psicopompos, condutores de almas, que velozes, com asas nos capacetes e calcanhares levaram os três reis magos até o deus-menino (existia a crença, principalmente entre os antigos magos, astrólogos ou sacerdotes, que o nascimento de um avatar ou líder que se tornaria um salvador era anunciado por um grande astro no céu). Ao natal estão associados alguns parâmetros que devem ser mencionados pela sua importância. Um deles é a árvore, cujo significado simbólico é muito rico. Em muitas culturas, a mesma é representada como centro e sustentáculo do cosmo, como o freixo Iggdrasil, da Mitologia Nórdica, cujas raízes, estão localizadas nos três mundos: Niflheim (mundo ctônio), Jötunheim (mundo terrestre) e Asgard (mundo celeste). Sendo assim, através de sua verticalidade, pode ser relacionada com uma escada, capaz de conduzir o homem do inferno ao Paraíso, do pecado à salvação. Além do mais, em pleno inverno (hemisfério norte), a árvore de natal está sempre verde, simbolizando o renascimento, ou ainda, a redenção. Os adornos (bolas vermelhas, douradas, etc) dizem respeito às maçãs da árvore da vida e/ou do conhecimento, podendo estar também relacionadas com os pomos de ouro do jardim das Hespérides, cuja função é trazer consciência. Outro símbolo típico do natal é papai Noel ou São Nicolau, ou ainda Santa Claus, que com seu trenó puxado por renas, distribui presentes para as crianças. Tal fato se deve a acontecimentos da vida do Santo padroeiro da Rússia. Segundo a tradição cristã, depois da morte de seus pais, cedeu sua herança aos pobres. Também a ele é atribuída a doação de dotes às filhas de famílias pobres. A sua façanha maior, porém, se deu quando então bispo da Lícia (Ásia Menor), convenceu os tripulantes de uma esquadra que se dirigia a Alexandria, a doar os carregamentos de cereais aos esfomeados lícios, assegurando que se o fizessem, quando chegassem ao seu destino, encontrariam nas despensas dos barcos a quantidade original de grãos. Atendendo ao pedido do sacerdote, os marinheiros ao chegarem no Egito verificaram que o mesmo havia dito a verdade, e diante de tal milagre, converteram-se ao cristianismo. Desta forma, pode-se perceber que o natal, muito mais do que uma festa onde as pessoas se reúnem com o intuito de comer, beber e trocar presentes, influenciadas por uma mídia voltada para o consumo, traz nas suas origens a essência dos avatares, que de tempos em tempos, aparecem para salvar e redimir a humanidade, sacrificando para isso, suas próprias individualidades e porque não dizer, divindades.

sexta-feira, 11 de março de 2011

DNA Sintético - células sinteticas - vida artificial

20/05/2010
Cientistas criam célula com DNA sintético
BBC Enviar a um amigo Imprimir
Os cientistas chamaram-na de "célula sintética", embora apenas o genoma da célula seja sintético - ou seja, a célula que recebe o genoma é uma célula natural, não sintetizada pelo homem. [Imagem: Science]

Genoma sintético

Cientistas norte-americanos dizem ter desenvolvido a primeira célula controlada por um genoma sintético.

Os especialistas do J. Craig Venter Institute, com sede nos estados de Maryland e Califórnia, dizem esperar que a técnica possa criar bactérias programadas para resolver problemas ambientais e energéticos, entre outros fins.

O estudo será publicado nesta quinta-feira na edição online da revista científica Science.

Célula artificial?

Para alguns especialistas, o genoma sintético representa o início de uma nova era na biologia sintética e, possivelmente, na biotecnologia.

A equipe de pesquisadores, liderada por Craig Venter, já havia conseguido sintetizar quimicamente o genoma de uma bactéria. Eles também haviam feito um transplante de genoma de uma bactéria para outra.

Agora, os especialistas juntaram as duas técnicas para criar o que chamaram de "célula sintética", embora apenas o genoma da célula seja sintético - ou seja, a célula que recebe o genoma é uma célula natural, não sintetizada pelo homem.

Apesar disso, o especialista insiste na expressão: "Esta é a primeira célula sintética já criada. Nós dizemos que ela é sintética porque foi obtida a partir de um cromossomo sintético, feito com quatro substâncias químicas em um sintetizador químico, seguindo informações de um computador", disse Venter.

Controlando a biologia

"Isto se torna um instrumento poderoso para que possamos tentar determinar o que queremos que a biologia faça. Temos uma ampla gama de aplicações (em mente)", disse.

Os pesquisadores planejam, por exemplo, criar algas que absorvam dióxido de carbono e criem novos hidrocarbonetos. Eles também estão procurando formas de acelerar a fabricação de vacinas.

Outros possíveis usos da técnica seriam a criação de novas substâncias químicas, ingredientes para alimentos e métodos para limpeza de água, segundo Venter.

Reprogramando a vida

No experimento, os pesquisadores sintetizaram o genoma da bactéria M. mycoides, adicionando a ele sequências de DNA como "marcas d'água" para que a bactéria pudesse ser distinguida das naturais (não-sintéticas).

Como as máquinas sintetizadoras atuais só são capazes de juntar sequências relativamente curtas de letras de DNA de cada vez, os pesquisadores inseriram as sequências mais curtas em células de fermento. As enzimas de correção de DNA presentes no fermento juntaram as sequências.

Depois, as sequências de tamanho médio foram inseridas em bactérias E. coli, antes de serem transferidas de volta para o fermento.

Após três rodadas deste processo, os pesquisadores conseguiram produzir um genoma com mais de um milhão de pares de bases de comprimento.

Concluída essa fase, os cientistas implantaram o genoma sintético da bactéria M. mycoides em outro tipo de bactéria, a Myoplasma capricolum.

O novo genoma assumiu o controle das células receptoras.

Embora 14 genes tenham sido apagados ou alterados na bactéria transplantada, as células apresentaram a aparência de bactérias M. Mycoides normais e produziram apenas proteínas M. mycoides, segundo os autores do estudo.

Vida artificial

Em entrevista à BBC, o especialista em biologia sintética Paul Freeman, codiretor do EPSRC Centre for Synthetic Biology do Imperial College, em Londres, disse que o estudo de Venter e sua equipe pode marcar o início de uma nova era na biotecnologia.

"Eles demonstraram que o DNA sintético pode assumir o controle e operar as funções da nova célula receptora em termos de replicação e crescimento", disse Freeman.

Freeman lembra que a célula receptora é uma célula natural, não sintética, mas "o que Venter e sua equipe mostraram é que, após o transplante e várias divisões celulares, a célula receptora assumiu algumas das características ou fenótipo do novo genoma nela inserido".

Cautela

"É um avanço extraordinário, oferecendo uma prova de que, em teoria, é possível que genomas inteiros sejam sintetizados quimicamente, montados e implantados em células receptoras".

"Claro que precisamos ter cautela, já que não temos certeza de que essa abordagem funcionaria em genomas maiores e mais complexos".

"Ainda assim, este avanço representa um marco na nossa capacidade de criar células feitas pelo homem para fins estabelecidos pelo homem", concluiu Freeman.

O estudo de Venter e sua equipe foi financiado pela empresa Synthetic Genomics. Três dos autores e o J. Craig Venter Institute possuem ações da companhia.

O instituto fez pedidos de patente para algumas das técnicas descritas no estudo.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Metodologia científica
(Samuel Laurindo da silva)

A metodologia científica possui um sentido de existência bem delimitado no decorrer da história de sua utilização. É utilizado para guiar o caminho no processo cientifico no que diz respeito aos métodos a serem tomados.

O conhecimento e a ciência estão intimamente ligados, seja porque há uma relação de interdependência entre eles, ou porque esta é o pleno exercício daquele.

A ciência tenta alcançar o conhecimento supremo, a totalidade das verdades existentes.
O ser humano faz ciência, justamente porque tem a capacidade de conhecer as coisas e os seres, sejam eles reais ou ideais.

Uma das primeiras formas q o ser humano buscou esse conhecimento foi através da sua realidade empírica, onde se tentava captar através dos sentidos a totalidade das coisas. A interação sujeito e objeto, neste caso, produzem uma imagem com grande desvio de realidade devido essa modalidade de conhecimento ser fundamentalmente através da percepção dos sentidos e da consciência.

Deve-se fazer algumas ressalvas no q diz respeito a conhecimento introspectivo – da consciência. Este pode muitas vezes levar-nos ao erro, pois a mente humana pode se tornar deveras inventiva e um silogismo aparentemente lógico podem ser na verdade uma ilusão cognitiva q pode ser um empecilho no processo de investigação cientifica.

Assim sendo, a realidade empírica é útil apenas na vida prática. Quando se atravessa o limiar entre o sensorial e buscam-se respostas mais completas do q a imagem aparente e empírica está se fazendo ciência, distinguindo a raça humana dos outros animais, demonstrando nuances de racionalidade.

A partir deste momento o homem pode-se considerar um ser racional agente e não apenas em potencial, pois é capaz de analisar, abstrair e generalizar conceitos captados com os sentidos se processados em sua mente. As experiências internas e externas são importantes nesse momento, enquanto não são fatores decisivos para alcançar o REAL.

Apesar de todos esses contrapontos, o senso comum – q é produzido a partir de experiências empíricas – tem sua relevância. Ele é imprescindível no âmbito social. É útil para os indivíduos, pois é a partir deste conhecimento q se orienta a vida humana, entretanto é útil para o cientista pois é a base sobre a qual as teorias cientificas são construídas. O senso comum é portanto, o ponto de partida de uma pesquisa ou investigação bem sucedida.

Anne

Achei esse texto interessante pelo fato de especificar quando deve-se separar (se um deseja obter a verdade) o senso comum e o metodo científico.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Maior farsa de todos os tempos

http://ceticismo.wordpress.com/religiao/a-maior-farsa-de-todos-os-tempos/

terça-feira, 1 de março de 2011

93% dos cientistas não acreditam em deus

A questão da crença religiosa entre os cientistas dos EUA tem sido debatida desde o início do século. Nessa mais recente pesquisa é revelado que, entre os principais cientistas naturais, a descrença é maior do que nunca - quase total.

A investigação sobre este tema começou com o eminente psicólogo americano, James H. Leuba. Em seu levantamento em 1914, descobriu que 58% dos 1.000 cientistas americanos, aleatoriamente selecionados, expressaram descrença ou dúvida na existência de deus, e que este número subiu para perto de 70% entre os 400 "maiores" cientistas dentro de sua amostra. Leuba repetiu a sua pesquisa em 20 anos depois, e descobriu que esses percentuais haviam aumentado para 67% e 85%, respectivamente.
Em 1996, nós repetimos a pesquisa de Leuba e os resultados foram publicados na Nature. Encontramos poucas mudanças em relação a de 1914 na pesquisa por cientistas americanos em geral, com 60,7% expressando descrença ou dúvida. Em 1998, fechamos a segunda fase do levantamento de 1914 para medir a crença entre os "maiores" cientistas e encontramos a menor taxa de crença jamais registrada - apenas 7% dos entrevistados.
Leuba atribuiu o maior grau de descrença e dúvida entre os "maiores cientistas" aos seus "superior entendimento, conhecimento e experiência". Da mesma forma, o cientista da Universidade de Oxford, Peter Atkins, comentou sobre a pesquisa de 1996: "Você pode claramente ser um cientista e ter crenças religiosas. Mas eu não acho que você possa ser um verdadeiro cientista, no sentido mais profundo da palavra, porque elas são categorias tão diferentes do conhecimento." Essas observações nos levaram a repetir a segunda fase do estudo de Leuba para obtermos uma comparação atualizada das crenças religiosas entre "maiores" e "menores" cientistas.
Nosso grupo escolhido de "maiores" cientistas foram os membros da National Academy of Sciences (NAS). Nossa pesquisa, realizada com os cientistas naturais da NAS sobre o “transcedente”, descobriu que o resultado estava perto de rejeição universal. Entre os biólogos da NAS a descrença em deus e na imortalidade foram de 65,2% e 69,0%, respectivamente. E entre físicos da NAS, foram de 79,0% e 76,3%, respectivamente. A maioria do restante eram agnósticos sobre ambas as questões, com poucos crentes. Nós encontramos o maior percentual de crença entre os matemáticos da NAS (14,3% em deus; 15,0% na imortalidade). Biólogos tiveram a menor taxa de crença (5,5% em deus; de 7,1% na imortalidade); com físicos e astrônomos, a crenças foi ligeiramente superior (7,5% em deus, de 7,5% na imortalidade). Os valores da comparação, das pesquisas de 1914, 1933 e 1998, aparecem na seguinte tabela:

Repetir os métodos de Leuba, apresentou desafios. Para suas pesquisas gerais, ele entrevistou, aleatoriamente, cientistas listados no trabalho de referência padrão, da American Men of Science (AMS). Usamos a edição atual. Nos dias de Leuba, os editores da AMS denominaram os "grandes cientistas", entre os seus dados. Leuba usou essa denominação para identificar os seus "maiores cientistas”. A AMS não faz mais essa designação, por isso, escolhemos como nossos "maiores cientistas" membros os membros da NAS, os quais têm um status que nos assegura fazer jus à designação tais quais os "grandes cientistas" da AMS. Nosso método certamente gerou uma amostra mais elitista do que o método de Leuba, que - se os comentários citados por Leuba e Atkins estão corretos, pode explicar o nível extremamente baixo de crença entre os nossos entrevistados.
Para o levantamento de 1914, Leuba enviou seu breve questionário a uma amostra aleatória de 400 "grandes cientistas" da AMS. Ele perguntou sobre crença em "um deus em comunicação intelectual e afetiva com a humanidade" e "imortalidade pessoal". Os entrevistados tinham as opções de afirmar a crença, descrença ou agnosticismo em cada questão. Nossa pesquisa continha precisamente as mesmas perguntas e respostas e também pediu anonimato.
Leuba enviou o questionário de 1914 a "400 cientistas biólogos e físicos", com o último grupo, incluindo os matemáticos, bem como os astrônomos. Devido ao tamanho relativamente pequeno da membresia da NAS, enviamos nossa pesquisa a todos os 517 membros nas disciplinas do núcleo. Leuba obteve uma taxa de retorno de cerca de 70% em 1914 e mais de 75% em 1933, enquanto o nosso retorno foi de cerca de 60% para a pesquisa de 1996 e pouco mais de 50% dos membros da NAS .
Como nós compilamos as nossas descobertas, a NAS publicou um folheto incentivando o ensino da evolução nas escolas públicas, uma fonte permanente de atrito entre a comunidade científica e alguns cristãos conservadores nos Estados Unidos. A brochura assegura aos leitores, "se deus existe ou não é uma questão sobre a qual a ciência é neutra". O presidente da NAS, Bruce Alberts, disse: "Há muitos membros proeminentes desta academia que são pessoas muito religiosas, pessoas que acreditam na evolução, muitos deles biólogos." Entretanto, o nosso estudo sugere o contrário.

Edward J. Larson
Departamento de História da Universidade da Geórgia,
Athens, Georgia 30602-6012, EUA
E-mail: edlarson@uga.edu

Larry Witham
3816 Tribunal Lansdale, Burtonsville,
Maryland 20866, EUA

O Jesus nunca existiu

Quem é que nunca ouviu falar do tal "jesus de Nazaré"? É claro que todo mundo ouviu falar do tal "jesus". A Bíblia diz que sua fama teria se espalhado por toda a Palestina e Síria. Ele seria o homem-deus/salvador do mundo que teria realizado milagres que só um deus poderia realizar. Teria Transformado água em vinho, alimentado milhares de pessoas com apenas alguns pedaços de pão e peixe, andado sobre as águas, acalmado tempestades, curado cegos, surdos e enfermos, recuperado mãos atrofiadas, expulsado demônios e ressuscitado os mortos. Seus ensinamentos morais são considerados pelos crentes como superiores a tudo o que já foi ensinado.

Ele teria sido rejeitado por seu próprio povo, os judeus, e brutalmente crucificado pelos romanos. Mas isto não teria detido jesus. A gibííblia diz que, ao ser crucificado, céus e terra teriam confirmado sua divindade, causando um eclipse do sol de 3 horas em toda a terra, um terremoto que fez com que a cortina do templo em Jerusalém se rasgasse ao meio e que túmulos se abrissem e homens santos teriam ressuscitassado e aparecessido às pessoas em Jerusalém. Três dias depois, o Filho do deus teria derrotado o diabo, o "príncipe das trevas", ressuscitado dos mortos, aparecido a seus discípulos e então subido aos céus. Como é possível a um religioso não gostar desta história nem desejar acreditar nela?

O problema que pesquisadores sinceros e com mentes objetivas têm com esta história espantosa é: por que os registros históricos de escritores gregos, romanos e judeus não cristãos praticamente não dizem nada sobre o jesus de Nazaré? Certamente que notícias sobre acontecimentos como esses, se fossem verdadeiras, teriam se espalhado por todo o mundo mediterrâneo. E, no entanto, os escritos que sobreviveram, de uns 35 a 40 observadores independentes durante os primeiros 100 anos que se seguiram suposta crucificação e ressurreição de jesus, praticamente não confirmam nada. Estes autores eram respeitados, viajados, sabiam se expressar, observavam e analisavam os fatos, eram os filósofos, poetas, moralistas e historiadores daquela época. Entre as mais destacadas personalidades que não mencionam jesus, temos:

Sêneca (4 a.C. – 65 d.C.) — Um dos mais famosos autores romanos sobre ética, filosofia e moral e um cientista que registrou eclipses e terremotos. As cartas que teria trocado com Paulo se revelaram uma fraude, mais tarde.

Plínio, o velho (23 d.C. – 79 d.C.) — História natural. Escreveu 37 livros sobre eventos como terremotos, eclipses e tratamentos médicos.

Quintiliano (39 d.C. – 96 d.C.) — Escreveu “Instituio Oratio”, 12 livros sobre moral e virtude.

Epitectus (55 d.C. – 135 d.C.) — Ex-escravo que se tornou renomado moralista e filósofo e escreveu sobre a “irmandade dos homens” e a importância de se ajudarem os pobres e oprimidos.

Marcial (38 d.C. – 103 d.C.) — Escreveu poemas épicos sobre as loucuras humanas e as várias personalidades do império romano.

Juvenal (55 d.C. – 127 d.C.) — Um dos maiores poetas satíricos de Roma. Escreveu sobre injustiça e tragédia no governo romano.

Plutarco (46 d.C. – 119 d.C.) — Escritor grego que viajou de Roma a Alexandria. Escreveu “Moralia”, sobre moral e ética.

Três romanos cujos escritos contêm referências mínimas a Cristo, Cresto ou cristãos:

Plínio, o jovem (61 d.C. – 113 d.C.) — Foi proconsul da Bitínia (atual Turquia). Numa carta ao imperador Trajano, em 112 d.C., pergunta o que fazer quanto aos cristãos que “se reúnem regularmente antes da aurora, em dias determinados, para cantar louvores a Cristo como se ele fosse um deus”. Uns oitenta anos depois da morte de jesus, alguém estava adorando a um Cristo (messias, em hebraico, título normal e habitual entre os judeus)! Entretanto, nada se diz sobre se este Cristo era jesus, o mestre milagreiro que foi crucificado e ressuscitou na Judéia ou se um Cristo mitológico das religiões pagãs de mistério. O próprio jesus teria dito que haveria muitos falsos Cristos, portanto a afirmação de Plínio não contribui em muito para demonstrar que o jesus de Nazaré existiu.

Suetônio (69 d.C. – 122 d.C.) — Em “A vida dos imperadores”, com a história de 11 imperadores, ele conta, em 120 d.C., sobre o imperador Cláudio (41 d.C. – 54 d.C.), que ele “expulsou de Roma os judeus que, sob a influência de Cresto, viviam causando tumultos”. Quem é Cresto? Não há menção a jesus. Seria este Cresto um agitador judeu, um dos muitos falsos messias, ou um Cristo mítico? Este trecho não prova nada sobre a historicidade de um jesus de Nazaré.

Tácito (56 d.C. – 120 d.C.) — Famoso historiador romano. Seu “Annuals”, referente ao período 14-68 d.C., Livro 15, capítulo 44, escrito por volta de 115 d.C., contém a primeira referência a Cristo como um homem executado na Judéia por Pôncio Pilatos. Tácito declara que “Cristo, o fundador, sofreu a pena de morte no reino de Tibério, por ordem do procurador Pôncio Pilatos”. Os estudiosos apontam várias razões para se suspeitar de que este trecho não seja de Tácito nem de registros romanos, e sim uma inserção posterior na obra de Tácito:

1. A referência a Pilatos como procurador seria apropriada na época de Tácito, mas, na época de Pilatos, o título correto era “prefeito”.

2. Se Tácito escreveu este trecho no início do segundo século, por que os Pais da Igreja, como Tertuliano, Clemente, Orígenes e até Eusébio, que tanto procuraram por provas da historicidade de jesus, não o citam?

3. Tácito só passa a ser citado por escritores cristãos a partir do século 15.

O que é claro e indiscutível é que um período de 80 a 100 anos sem nenhum registro histórico confiável, depois de fatos de tal magnitude, é longo o bastante para levantar suspeitas. Além do mais, é insuficiente citar três relatos tão curtos e tão pouco informativos para provar que existiu um messias judeu milagreiro chamado jesus que seria deus em forma humana, foi crucificado e ressuscitou.

Há três autores judeus importantes do primeiro século:

Philo-Judaeus (15 a.C. – 50 d.C.) — de Alexandria, era um teólogo-filósofo judeu que falava grego. Ele conhecia bem Jerusalém porque sua família morava lá. Escreveu muita coisa sobre história e religião judaica do ponto de vista grego e ensinou alguns conceitos que também aparecem no evangelho de João e nas epístolas de Paulo. Por exemplo: deus e sua Palavra são um só; a Palavra é o filho primogênito de deus; deus criou o mundo através de sua palavra; deus unifica todas as coisas através de sua Palavra; a Palavra é fonte de vida eterna; a Palavra habita em nós e entre nós; todo julgamento cabe Palavra; a Palavra é imutável.

Philo também ensinou sobre deus ser um espírito, sobre a Trindade, sobre virgens que dão luz, judeus que pecam e irão para o inferno, pagãos que aceitam a deus e irão para o céu e um deus que é amor e perdoa. Entretanto, Philo, um judeu que viveu na vizinha Alexandria e que teria sido contemporâneo a jesus, nunca menciona alguém com este nome nem nenhum milagreiro que teria sido crucificado e depois ressuscitou em Jerusalém, sem falar em eclipses, terremotos e santos judeus saindo dos túmulos e andando pela cidade. Por que? O completo silêncio de Philo é ensurdecedor!

Flavius Josephus (37 d.C. – 103 d.C.) — era um fariseu que nasceu em Jerusalém, vivia em Roma e escreveu “História dos judeus” (79 d.C.) e “Antiguidades dos judeus” (93 d.C.). Apologistas cristãos (defensores da fé) consideram o testemunho de Josephus sobre jesus a única evidência garantida da historicidade de jesus. O testemunho citado se encontra em “Antiguidades dos judeus”. Ao contrário dos apologistas, entretanto, muitos estudiosos, inclusive os autores da Encyclopedia Britannica, consideram o trecho “uma inserção posterior feita por copistas cristãos”. Ele diz que:

“Naquele tempo, nasceu jesus, homem sábio, se é que se pode chamar homem, realizando coisas admiráveis e ensinando a todos os que quisessem inspirar-se na verdade. Não foi só seguido por muitos hebreus, como por alguns gregos, Era o Cristo. Sendo acusado por nossos chefes, do nosso país ante Pilatos, este o fez sacrificar. Seus seguidores não o abandonaram nem mesmo após sua morte. Vivo e ressuscitado, reapareceu ao terceiro dia após sua morte, como o haviam predito os santos profetas, quando realiza outras mil coisas milagrosas. A sociedade cristã que ainda hoje subsiste, tomou dele o nome que usa.”

Por que este trecho é considerado uma inserção posterior?

1. Josephus era um fariseu. Só um cristão diria que jesus era o Cristo. Josephus teria tido que renunciar às suas crenças para dizer isto, e Josephus morreu ainda um fariseu.
2. Josephus costumava escrever capítulos e mais capítulos sobre gente insignificante e eventos obscuros. Como é possível que ele tenha despachado jesus, uma pessoa tão importante, com apenas algumas frases?
3. Os parágrafos antes e depois deste trecho descrevem como os romanos reprimiram violentamente as sucessivas rebeliões judaicas. O parágrafo anterior começa com “por aquela época, mais uma triste calamidade desorientou os judeus”. Será que “triste calamidade” se refere vinda do “realizador de mil coisas milagrosas” ou aos romanos matando judeus? Esta suposta referência a jesus não tem nada a ver com o parágrafo anterior. Parece mais uma inclusão posterior, fora de contexto.
4. Finalmente, e o que é ainda mais convincente, se Josephus realmente tivesse feito esta referência a jesus, os Pais da Igreja pelos 200 anos seguintes certamente o teriam usado para se defender das acusações de que jesus seria apenas mais um mito. Contudo, Justino, Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria e Orígenes nunca citam este trecho. Sabemos que Orígenes leu Josephus porque ele deixou textos criticando Josephus por este atribuir a destruição de Jerusalém morte de Tiago. Aliás, Orígenes declara expressamente que Josephus, que falava de João Batista, nunca reconheceu jesus como o Messias (”Contra Celsum”, I, 47).

Não somente a referência de Josephus a jesus parece fraudulenta como outras menções a fatos históricos em seus livros contradizem e omitem histórias do Novo Testamento:

1. A Bíblia diz que João Batista foi morto por volta de 30 d.C., no início da vida pública de jesus. Josephus, contudo, diz que Herodes matou João durante sua guerra contra o rei Aertus da Arábia, em 34 – 37 d.C.

2. Josephus não menciona a celebração de Pentecostes em Jerusalém, quando, supostamente: judeus devotos de todas as nações se reuniram e receberam o Espírito Santo, sendo capazes de entender os apóstolos cada qual em sua própria língua; Pedro, um pescador judeu, se torna o líder da nova igreja; um colega fariseu de Josephus, Saulo de Tarso, se torna o apóstolo Paulo; a nova igreja passa por um crescimento explosivo na Palestina, Alexandria, Grécia e Roma, onde morava Josephus. O suposto martírio de Pedro e Paulo em Roma, por volta de 60 d.C., não é mencionado por Josephus. Os apologistas cristãos, que depositam tanta confiança na veracidade do testemunho de Josephus sobre jesus, parecem não se importar com suas omissões posteriores.

A Encyclopedia Britannica afirma que os cristãos distorceram os fatos ao enxertar o trecho sobre jesus. Isto é verdade? Eusébio (265-339 d.C.), reconhecido como o “Pai da história da Igreja” e nomeado supervisor da doutrina pelo imperador Constantino, escreve em seu “Preparação do evangelho”, ainda hoje publicado por editoras cristãs como a Baker House, que “às vezes é necessário mentir para beneficiar aqueles que requerem tal tratamento”. Eusébio, um dos cristãos que mais influenciou a história da Igreja, aprovou a fraude como meio de promover o cristianismo! A probabilidade de o cristianismo de Constantino ser uma fraude está diretamente relacionada desesperada necessidade de encontrar evidências a favor da historicidade de jesus. Sem o suposto testemunho de Josephus, não resta nehuma evidência confiável de origem não cristã.

Justus de Tiberíades é o terceiro escritor judeu do primeiro século. Seus escritos foram perdidos, mas Photius, patriarca de Constantinopla (878-886 d.C.), escreveu “Bibleotheca”, onde ele comenta a obra de Justus. Photius diz que “do advento de Cristo, das coisas que lhe aconteceram ou dos milagres que ele realizou, não há absolutamente nenhuma menção (em Justus)”. Justus vivia em Tiberíades, na Galiléia (João 6:23). Seus escritos são anteriores às “Antiguidades” de Josephus, de 93 d.C., portanto é provável que ele tenha vivido durante ou imediatamente após a suposta época de jesus, mas é notável que nada tenha mencionado sobre ele.

A literatura rabínica seria logicamente o outro lugar para se pesquisar a historicidade de jesus de Nazaré. O Novo Testamento alega que jesus é o cumprimento da profecia judaica sobre o messias, crucificado no dia da Páscoa. Naquele dia, supostamente houve um terremoto em Jerusalém, a cortina de seu templo se rasgou de alto a baixo, houve um eclipse do sol, santos judeus ressuscitaram e andaram pela cidade. Três dias depois, jesus ressuscitou e depois subiu aos céus diante de todos. Algum tempo depois, no dia de Pentecostes, os judeus de várias nações se reuniram e viram o Espírito Santo descer na forma de línguas de fogo; a igreja cristã se expandiu de forma explosiva entre judeus e pagãos, com sinais e milagres acontecendo por toda a parte. Em 70 d.C., Jerusalém foi cercada pelos romanos, que destruíram Israel como nação e dispersaram os judeus.

Ainda que os rabinos não aceitassem jesus como o Messias, o impacto dos acontecimentos à volta do jesus logicamente teria sido registrado nos comentários ao Talmud (os midrash). A história e a tradição oral dos judeus registradas nos midrash foram atualizadas e receberam sua forma final pelo rabino Jehudah ha-Qadosh por volta de 220 d.C. Em seu livro “O jesus que os judeus nunca conheceram”, Frank Zindler diz que não há uma única fonte rabínica da época que fale da vida de um falso messias do primeiro século, dos acontecimentos envolvendo a crucificação e ressurreição de jesus ou de qualquer pessoa que lembre o jesus do cristianismo.

Não há locais históricos na Terra Santa que confirmem a historicidade de jesus de Nazaré. Monges, padres e guias turísticos que levam peregrinos cristãos (aceitam-se doações) aos locais dos acontecimentos descritos na Bíblia dificilmente podem ser considerados pessoas isentas. Ainda citando Zindler, “Não há confirmação não tendenciosa desses locais.” Nazaré não é mencionada nem uma vez no Antigo Testamento. O Talmud cita 63 cidades da Galiléia, mas não Nazaré. Josephus menciona 45 cidades ou vilarejos da Galiléia, mas nem uma vez cita Nazaré. Josephus menciona Japha, que é um subúrbio da Nazaré de hoje. Lucas 4:28-30 diz que Nazaré tinha uma sinagoga e que a borda da colina sobre a qual ela tinha sido construída era alta o suficiente para que jesus morresse se o tivessem realmente jogado lá de cima. Contudo, a Nazeré de nossos dias ocupa o fundo de um vale e a parte de baixo de uma colina. Não há “topo de colina”. Além disso, não há nenhum vestígio de sinagogas do primeiro século. Orígenes (182-254 d.C.), que viveu em Cesaréia, a umas 30 milhas da atual Nazaré, também não fala em Nazaré. A primeira referência cidade surge em Eusébio, no século 4. O melhor que podemos imaginar é que Nazaré só surgiu depois do século 2. Esta falta de evidência histórica parece ser a explicação para o fato de não haver nenhuma menção a Nazaré em nenhum registro, de nenhuma origem não cristã. Ou seja, Nazaré não existia no primeiro século.

Não há tempo nem espaço para se falar de outras cidades significativas citadas no Novo Testamento, mas as evidências históricas e arqueológicas quanto a Cafarnaum (mencionada 16 vezes no N.T.) e Betânia, ou o Calvário, são, assim como no caso de Nazaré, igualmente fracas e até mesmo desmentem as Escrituras.

Mentes críticas e objetivas se destacam por procurar confirmação imparcial dos supostos fatos. Quando a única evidência disponível de um acontecimento ou de seus resultados é, não apenas questionável e suspeita, mas também aquilo que os divulgadores do acontecimento ou resultado querem que você acredite, convém desconfiar. O fato é que os escritores judeus não-cristãos, gregos e romanos das décadas que se seguiram suposta crucificação e ressurreição de jesus nada dizem sobre ninguém chamado jesus de Nazaré. Uma pessoa justa sempre estará disposta a analisar novas evidências, mas, 2 mil anos depois, o cristianismo continua tendo tantas evidências imparciais sobre jesus quanto sobre o Mágico de Oz, Zeus ou qualquer um dos muitos deuses-redentores daquela época.

La Sagesse, em sua obra "Jesus Cristo Nunca Existiu" expressou bem acerca do provável surgimento do mito jesus:

"Jesus Cristo foi apenas uma entidade ideal, criada para fazer cumprir as escrituras, visando dar seqüência ao judaísmo em face da diáspora, destruição do templo e de Jerusalém. Teria sido um arranjo feito em defesa do judaísmo que então morria, surgindo uma nova crença. Ultimamente, têm-se evidenciado as adulterações e falsificações documentárias praticadas pela Igreja, com o intuito de provar a existência real de Cristo. Modernos métodos como, por exemplo, o método comparativo de Hegel, a grafotécnica e muitos outros, denunciaram a má fé dos que implantaram o cristianismo sobre falsas bases com uma doutrina tomada por empréstimos de outros mais vivos e inteligentes do que eles, assim como denunciaram os meios fraudulentos de que se valeram para provar a existência do inexistente."

Referências:


* “The jesus the Jews Never Knew” por Frank R. Zindler


* Encyclopedia Britannica


* “Deconstructing jesus” por Robert Price, Ph.D.


* Obras completas de Josephus, tradução de William Whiston, Ph.D.


* “The jesus Puzzle” por Earl Doherty


* “The jesus Mysteries” por Timothy Freke e Peter Gandy


* Jesus Cristo Nunca Existiu - La Sagesse