domingo, 12 de outubro de 2008

Incógnita.

A indagação inquieta minha própria essência, meu próprio ser, o pior que de alguma maneira de repente comecei a interessar por ela, as respostas nunca chegam, cada vez mais busco soluções para o grande enigma que é a vida, ora o que é a vida? Por que eu sou eu? Como consegui chegar até aqui e por que cheguei? Por que continuo aqui? Até quando vou ficar? Não sei! Só sei que ontem ao acordar deste sono eterno, eterno? Sim eterno! Algo em meu subconsciente não aceita o momento de minha origem como começo. Como se fosse brumas que aos poucos vai se formado e aqui estou sem saber por que e em razão de quê. E finalmente as brumas desvanecem, surge então o hoje, a consciência que norteia todas as minhas aflições e interrogações, mas agora apenas uma certeza se faz presente, qual certeza? Não adivinhou? Como? Seu ser não é apenas a repetição do meu? Claro que não! Como não havia pensado? Cada um de nós absorveu informações e conceitos totalmente difusos, não há como concatenar nossas vivências, cada uma é única e consecutiva. E a certeza? A certeza que somos uma entidade pensante, cujo resultado se confunde no emaranhado da própria existência, e não importada o que fomos ou somos, o que importa é apenas aquilo que deixamos ser. O que importa é que amanhã, certamente, nem mais ser serei.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

DEVANEIO

Hoje, num canto esquecido, em um mundo perdido num emaranhado complexo, a perplexidade se faz presente na visão que ora se descortina na amplitude dos ermos. Talvez a trilha da esperança não esteja jogada em um canto qualquer? Talvez bloqueada em suas manhas nas manhãs tórridas e faceiras? Lá longe, bem perto de um regato nostálgico e de esperança fugaz tem seus olhos lacrimejantes da dor incontida da solidão. Da amargura de tudo que era nada ou do nada que era tudo, silêncio, seu pensamento extrapola as dimensões da explosão de cores que aumenta e dilacera a própria essência. Como num devaneio perdido na amargura da própria vida. Silêncio, agora as cinzas do que ficou do emaranhado néscio, esplendor da ignorância nata daqueles que pouco importam com o tempo, e com a eterna vigilância de um espaço sem fim. No infinito percorrido eternamente pelos sonhos de cada um, na procura de seus ideais, onde estão perdidos em suas lembranças seus devaneios que não voltam nunca mais Lá perto do faz de conta, lá perto do que nunca existiu. Lá perto da esperança perdida nos devaneios do ontem.