sexta-feira, 10 de outubro de 2008

DEVANEIO

Hoje, num canto esquecido, em um mundo perdido num emaranhado complexo, a perplexidade se faz presente na visão que ora se descortina na amplitude dos ermos. Talvez a trilha da esperança não esteja jogada em um canto qualquer? Talvez bloqueada em suas manhas nas manhãs tórridas e faceiras? Lá longe, bem perto de um regato nostálgico e de esperança fugaz tem seus olhos lacrimejantes da dor incontida da solidão. Da amargura de tudo que era nada ou do nada que era tudo, silêncio, seu pensamento extrapola as dimensões da explosão de cores que aumenta e dilacera a própria essência. Como num devaneio perdido na amargura da própria vida. Silêncio, agora as cinzas do que ficou do emaranhado néscio, esplendor da ignorância nata daqueles que pouco importam com o tempo, e com a eterna vigilância de um espaço sem fim. No infinito percorrido eternamente pelos sonhos de cada um, na procura de seus ideais, onde estão perdidos em suas lembranças seus devaneios que não voltam nunca mais Lá perto do faz de conta, lá perto do que nunca existiu. Lá perto da esperança perdida nos devaneios do ontem.

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