domingo, 21 de março de 2010

Re: TV NOVO TEMPO
por Fernando Silva » 17 Ago 2008, 13:11

A ORIGEM DO ADVENTISMO

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Várias datas foram marcadas para a volta de Cristo. Esse retorno
nunca foi tão esperado quanto em 1843 e 1844, época em que surgiu a
Igreja Adventista do Sétimo Dia. Cristo não veio, mas continua sendo
aguardado.

Depois do ano mil, e suas decepções religiosas, muitas outras datas
foram marcadas, e sempre houve muita gente acreditando.

Na Idade Média, o poder do Catolicismo era tal, que qualquer
divergência era severamente punida. Muitos dissidentes foram
executados na fogueira. Não obstante as duras perseguições
executadas em nome de Deus pela Igreja, protestantes surgiam em
vários lugares, até que, no Século XVI, ocorreu a famosa Reforma
Protestante.

No decorrer dos anos, dissidências eram freqüentes, mesmo no seio do
Protestantismo, multiplicando-se o número de novas igrejas. Os
mensageiros divinos não admitem estarem errados. Basta que alguém
encontre indício de que algo na igreja esteja errado, para ter que
fundar uma nova igreja, se quiser defender o seu princípio de fé.

No Século XIX, interpretando o Profeta Daniel, nova data foi fixada
para o retorno do Salvador.

Calculando as "duas mil e trezentas tardes e manhãs" (Daniel, 8:
14), que teriam início com a "ordem para restaurar e para edificar
Jerusalém" (Dan. 9: 25), um grupo de religiosos encontrou o ano 1843
como a data da purificação do Santuário, que seria a volta de
Cristo. Passado aquele ano, chegaram à conclusão de que haviam
errado nos cálculos, considerando 1844 como o ano do maravilhoso
evento. Novamente, pessoas doavam seus bens para os pobres e só
pensavam na preparação para a entrada no reino celeste. Outra
tremenda decepção! Muitos se tornaram ateus, outros retornaram a
suas igrejas, admitindo o erro e confirmando que nem o próprio
Cristo sabia quando voltaria (Mateus, 24: 36).

Havia um grupo mais persistente, que teria que trazer uma solução
que justificasse seus cálculos. Criou-se a doutrina de que naquele
ano Cristo apenas passou do lugar Santo para o lugar Santíssimo do
Santuário Celestial. O presságio não era de sua volta, mas da
purificação do santuário celeste, que era figurado pelo terrestre
(Hebreus, 4: 5).

A doutrina do SANTUÅRIO, assim como a guarda do sábado e outras
inovações, recebeu logo muitas críticas. A principal se baseia em
que o entendimento cristão primitivo era de que Cristo efetuou o seu
sacrifício,"entrou no Santo dos Santos uma vez por todas, tendo
obtido eterna redenção" (Hebreus, 9: 12), e fez a "expiação dos
pecados" (Hebreus, 1: 3). Assim seria errôneo afirmar que Ele veio a
entrar no Santo dos Santos somente em 1844.

Não podiam mais fixar uma data para a volta do Salvador. Contudo,
todas as interpretações indicavam que ela estava muito próxima.

Criou-se a igreja ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA, cujo nome provém da
guarda do sábado como o principal ponto doutrinário da igreja. O
sábado é para eles o "selo de Deus" (Apocalipse, 7: 2), enquanto o
domingo é o "sinal da besta" (Apocalipse, 13: 16 e 17).

Embora o profeta Daniel tenha especificado o TEMPO DE ANGÚSTIA
causado pelo assolador, que é o mesmo de Apocalipse 13, para trinta
dias depois da tirada do sacrifício contínuo (Daniel, 12: 11), os
adventistas o colocaram como tendo início no ano 538 e terminando em
1798.

Para explicar Daniel 12:11, criou-se a interpretação de que o
"sacrifício contínuo" era Roma pagã, que foi substituída pelo
Papado.

O texto bíblico é muito claro, onde o próprio Cristo fala do
assolador e a grande tribulação referindo-se ao cerco e destruição
de Jerusalém (Mateus 24:15 a 21; Lucas 21: 20 a 24). E no
Apocalipse, fala que "por quarenta e dois meses calcarão aos pés a
cidade santa" (Apocalipse, 11:2).

Todavia, como a "besta" tem que ser o PAPADO e a "Babilônia" a
Igreja CATóLICA (o texto bíblico mostra claramente ser a cidade de
Roma - Apoc. 17: 18) e o "sinal da besta" deve ser a guarda do
domingo, os mil duzentos e sessenta dias são colocados a partir de
538 A.D.

Mesmo com a alteração da cronologia profética, parece já estarmos
ultrapassando muito as expectativas da previsões do fim do mundo.
Pois "logo em seguida à tribulação daqueles dias", foi a indicação
do mestre "o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as
estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão
abalados... Verão o filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com
poder e muita glória." (Mateus, 24: 29 e 30).

Há anos, já se dizia estar o sinal da besta muito próximo, devido à
proibição de trabalho aos domingos. Alguns mestres diziam que breve
iriam determinar que todos trabalhassem aos sábados. O engano foi
grande; pois como se tratava, não de tal imposição bestial, mas de
conquistas de direitos trabalhistas, a tendência é o repouso se
estender aos dois dias (sábado e domingo). A predita besta do
"decreto dominical" falhou. Todavia, continua sendo esperada, com
"tempo de angústia" (Daniel 12: 1), que "nem haverá jamais", segundo
o evangelho (Mateus, 24: 21).

Um pregador chegou a dizer que o "decreto dominical" (imposição da
guarda do domingo e trabalho aos sábados) deveria ocorrer por volta
de 1979. Posteriormente, um pastor afirmou que havia previsões
científicas da parada de um grande astro entre o Sol e a Terra.
Deveria ser o escurecimento do Sol apocalíptico. (Apocalipse,6: 12;
Mateus, 24:29).

Há a interpretação de que, ainda no Século 18, houve o cumprimento
desta profecia, quando houve um escurecimento do sol por quase um
dia; e em 1833, nos Estados Unidos, segundo noticiam alguns escritos
adventistas, foi observada uma chuva de estrelas. Já se passou um
século e meio (Vejam AS ESTRELAS NÃO CAÍRAM PELA TERRA). Assim só
falta a volta de Cristo.

E o fim continua próximo.

Aceitando a clareza do texto bíblico, teríamos que admitir que o fim
previsto deveria ter ocorrido há muito tempo atrás. Assim as mirabolantes
interpretações atuais parecem manter melhor a fé.

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