quinta-feira, 24 de março de 2011

As Religiões Antigas e o Novo Testamento
Aureliano 29/08/2004 18:02
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As Religiões Antigas e o Novo Testamento

Ao longo dos séculos, muito se escreveu sobre religião de um modo geral, sua intenção, sua relevância e sua contribuição à humanidade. Em particular, na América e no ocidente muitos livros foram escritos para especular a natureza e o fundo histórico do personagem principal da religião cristã, Iehoshua de Nazaré, O Cristo, segundo os cristãos. Muitos tentaram buscar no passado indícios a respeito da identidade de Iehoshua e produzir um esboço biográfico que confirme a fé ou que revele um lado mais humano deste homem que os cristãos tanto se relacionam. Obviamente, considerando o tempo e a energia gastos neles, os assuntos relacionados ao Cristianismo e ao seu fundador são muito importantes para a mente e a cultura ocidentais. Apesar de toda esta literatura que está sendo produzida continuamente e do significado deste assunto para o público, há uma séria e larga falta de instrução formal a respeito das origens da religião cristã e das características de outras religiões de uma forma geral, e a maioria dos fiéis é altamente desinformada neste ponto. Com relação ao Cristianismo, por exemplo, a maioria dos fiéis aprende nas escolas e igrejas que Iehoshua, O Cristo, foi uma figura histórica real e que alguns povos aceitam-no como o Filho do Eterno e o Mashiach, enquanto que outros não o aceitam. Contudo, ainda que este assunto é o mais comum e mais debatido ainda hoje, no momento não é o mais importante. Embora possa parecer chocante à população em geral, o problema aqui é identificar se uma pessoa chamada Iehoshua, O Cristo, existiu realmente. Devemos observar aqui que o Iehoshua de Nazaré pode ser analisado de duas formas: O Iehoshua de Nazaré dos evangelhos e o Iehoshua, O Cristo, ou seja, o personagem cuja sucessão de fatos levaram o Iehoshua de Nazaré a ser o Cristo. Em outras palavras, tentaremos mostrar que este personagem último, Iehoshua, O Cristo, incorpora, em suas características, muitos traços de divindades que podem ser comparadas com divindades presentes em religiões mais antigas. Embora este debate não seja exibido de uma forma clara e evidente em livros comuns que podem ser encontrados nas prateleiras das livrarias, percebe-se, ao se examinar este assunto, que existe um número muito grande de obras que demonstra repetidamente e de forma lógica, que o personagem Iehoshua, O Cristo, possui uma coletânea de características semelhantes às divindades mais antigas do que ele, sobretudo aquelas das regiões da Suméria, Fenícia, Índia, Egito, Grécia, de Roma e de outros povos. Descobre-se que este assunto não, consequentemente, representa a história de um carpinteiro judeu cuja encarnação física tenha ocorrido há dois mil anos atrás, ou seja, demonstra-se que este personagem, Iehoshua, O Cristo, foi constituído de divindades de outras religiões e não descreveu uma pessoa real, mas que foi construído de uma forma sobre-humana por seguidores entusiásticos que não sabiam como caracterizá-lo. Este problema existiu desde o começo da igreja e mesmo os escritos literários dos pais da igreja revelam que foram forçados constantemente pelos intelectuais pagãos da época para defender este pensamento, e que os não-cristãos e outros cristãos julgaram como uma história absurda e fabricada sem absolutamente nenhuma evidência do que ocorreu no passado. De acordo com estas afirmações, o Novo Testamento parece ser uma coletânea de fábulas.

Há um século atrás, o pesquisador Albert Churchward, em sua obra The Origin and Evolution of Religion (Origem e a Evolução da Religião) - Published and Distributed by Lushena Books, Incorporation - October 2003, afirmou: Os evangelhos canônicos podem ser mostrados como sendo uma coleção de provérbios dos Mitos e da Escatologia dos egípcios. Em sua obra Forgery in Christianity - A Documented Record of the Foundations of the Christian Religion (Falsificação no Cristianismo - Um Documento Record da Fundação da Religião Cristã) - Kessinger Publishing Company - March 1997, Joseph Wheless afirmou que os evangelhos são falsificações sacerdotais feitas mais do que um século após as suas datas fingidas. Aqueles que compuseram alguns dos evangelhos e as epístolas alternativas as quais atravessaram os primeiros dois séculos da era comum, admitiram mesmo que tinham falsificado os documentos. A falsificação durante os primeiros séculos da existência da igreja era incontestavelmente desenfreada, de tal forma que a expressão Fraudes Piedosas foi usada para descrevê-la. Alguns dos chamados grandes pais da igreja, tal como Eusébio de Cesaréia, foram chamados por seus próprios companheiros de serem mentirosos inacreditáveis, os quais escreviam regularmente suas próprias ficções do que realmente Iehoshua teria afirmado e feito durante a sua vida. Com o fito de reescrever a história à luz dos caprichos e interesses dos vencedores, Eusébio de Cesaréia, biógrafo do imperador Constantino I e historiador oficial da igreja romana, juntou todo um ramalhete de piedosas falsificações, que outros filósofos como Irineu, Epifânio e Tertuliano, já haviam começado a perpetrar, assim se consumando em uma das maiores fraudes da história da humanidade. Entretanto, toda a história oficial do Cristianismo dos primeiros séculos está baseada na suposta autoridade de Eusébio e de todos os que lhe haviam fornecido os materiais que ele tão habilmente manuseou, juntou e acrescentou. [Estudar o livro de G.A. Williamson intitulado Eusebius - The History of the Church from Christ to Constantine (Eusébio - A História da Igreja de Cristo a Constantino) - Penguin Books (1965)]. A afirmação de que Iehoshua, O Cristo, é constituída de outras divindades pode ser provada não somente através dos trabalhos dos dissidentes e dos "pagãos" que souberam a verdade (e que foram refutados ou assassinados em sua batalha contra os sacerdotes cristãos e os chamados "pais da igreja" que enganavam às massas com suas ficções), mas também através das indicações dos próprios cristãos, que divulgavam continuamente que Iehoshua, O Cristo, possuia características de algumas divindades cultuadas mais antigas espalhadas por todo o mundo. De fato, o Papa Leão X, privilegiado por causa de sua classe elevada, fez certa vez uma declaração muito curiosa: Quantum nobis prodeste haec fabula Christi!!! (Que lucro não nos trouxe esta fábula de Cristo!!!) Este papa ficou muito rico entre os anos de 1518 e 1521. Desta forma, ele pôde comprar posições privilegiadas da igreja romana, até o dia em que assumiu o papado. Assim, com apenas 8 anos de idade tornou-se Arcebispo e aos 13 anos tornou-se Cardeal. Manteve uma côrte licenciosa com seus amigos também cardeais, com quem praticava "passatempos" voluptuosos em deslumbrantes palácios. Foi este papa que Lutero enfrentou em suas discussões.

De suas próprias admissões, os cristãos esclarecidos foram, sob crítica contínua de eruditos de grande reputação, impugnados como pagãos por seus adversários cristãos. Este grupo incluía também muitos gnósticos, que foram arduamente contra a idéia da carnalização de Iehoshua de Nazaré. Os cristãos também se apropriaram de muitas das características do seu deus e do deus-homem dos gnósticos. As refutações dos cristãos contra os gnósticos revelaram que o deus-homem dos cristãos era um insulto aos gnósticos, os quais afirmavam que o seu deus nunca poderia possuir uma forma humana. Está muito bem relatado que nos documentos dos cristãos, as epístolas ou as cartas atribuídas a Paulo, não é discutido um fundo histórico de Iehoshua, mas tratam exclusivamente de um ser espiritual que já era conhecido de todas as denominações gnósticas há vários anos. Poucas referências históricas à uma vida real de Iehoshua citadas nestas cartas podem ser demonstradas como sendo interpolações e falsificações. Como Edouard Dujardin afirma, a literatura de Paulo não se refere a Pilatos, ou aos romanos, ou a Caifás, ou ao Sanhedrin, ou a Herodes, ou a Judas, ou às mulheres sagradas, ou a nenhuma pessoa na narração do Evangelho da Paixão, e que também nunca faz-lhes nenhuma alusão; última, que não menciona absolutamente nenhum dos eventos da Paixão, diretamente ou por alusão. Dujardin afirma também que as obras dos cristãos adiantados tal como o Apocalipse não mencionam nenhum detalhe ou drama histórico. No momento, não há um espaço adequado aqui para detalhar de que forma as características de outras religiões contribuíram para a formação do caráter de Iehoshua, O Cristo. É suficiente apenas dizer que há uma abundância de documentação para mostrar que este assunto não trata somente de fé ou de crença. A verdade é que durante a era em que este personagem supostamente viveu, havia uma biblioteca extensiva em Alexandria e uma rede de fraternidade incrivelmente ágil que ia da Europa até a China, e esta rede de informação tinha o acesso aos numerosos manuscritos que comentavam os escritos do Novo Testamento, com nomes de lugar e entidades diferentes para os personagens. Na realidade, as características de Iehoshua, O Cristo, estão identicamente muito próximas às características de Krishna, com muitos detalhes, como foi apresentado pelo historiador Gerald Massey há mais de cem anos atrás e também pelo Rev. Robert Taylor há 160 anos atrás, entre outros. As características de Krishna como narrada nos Vedas indianos são datadas de pelo menos 1.400 antes da era comum. As características de Iehoshua, O Cristo, incorporou elementos desta e de outras dinvindades descritas, como Salvador do mundo, Filho de Deus, que foi crucificado ou executado e etc, a maioria das quais ajudaram na formação do Cristianismo. Algumas destas divindades são as seguintes:

 Adad da Assíria;
 Adonis, Apolo, Héracles (Hércules), e Zeus da Grécia;
 Alcides de Tebas;
 Attis da Frígia;
 Baal da Fenícia;
 Bali do Afeganistão;
 Beddru do Japão;
 Buda da Índia;
 Crite da Caldéia;
 Deva Tat do Sião;
 Hesus dos Druidas;
 Hórus, Osíris e Seráphis do Egito, cuja a aparência da barba e do cabelo longo foi adotada para o caráter de Iehoshua, O Cristo;
 Indra do Tibet;
 Jao do Nepal;
 Krishna da Índia;
 Mikado do Sintoos;
 Mithra e Zaratustra da Pérsia;
 Odin da Escandinávia;
 Prometheus do Cáucaso;
 Quetzalcoatl do México;
 Salivahana de Bermuda;
 Tammuz da Síria (que foi, um ídolo, modificado mais tarde para Tomé, o discípulo sem fé);
 Thor dos Gauls;
 Monarca Universal do Sibyls;
 Wittoba dos Bilingoneses;
 Xamolxis da Trácia;
 Zoar dos Bonzes;

Embora a maioria das pessoas pense que Buda foi um homem que viveu em torno de 500 antes da era comum, o seu caráter descrito geralmente como Buda pode também ser demonstrado como sendo constituído de outras divindades que se transformavam em homens que viveram antes de Buda e também que o sucederam. Na realidade, Buda é um título, assim como Cristo. As características de Buda possui em comum com as de Iehoshua, O Cristo, o seguinte:

 Buda nasceu da virgem Maya;
 Executava milagres e maravilhas;
 Esmagou a cabeça de uma serpente;
 Aboliu a idolatria;
 Subiu ao Nirvana ou aos céus;
 Era considerado O Bom Pastor;

As características de Iehoshua, O Cristo, e de Hórus também são muito semelhantes, com Hórus contribuindo mais ainda para a formação do Cristianismo. As histórias a respeito de Hórus datam de milhares de anos, e ele compartilha em comum com Iehoshua, O Cristo, o seguinte:

 Hórus nasceu de uma virgem em 25 de dezembro;
 Teve 12 discípulos;
 Foi enterrado em um túmulo e ressuscitado;
 Era intitulado a Luz, a Verdade, a Vida, o Messias, o Filho Ungido de Deus, o Bom Pastor, etc;
 Executava milagres e ressuscitou um homem de nome El-Azar-us, dentre os mortos (dái provém o personagem Lázaro como consta nos evangelhos);
 O epíteto pessoal de Hórus era Iusa, o Filho eterno de Ptah, seu Pai;
 Hórus é chamado também de O Krst, ou O Ungido, muito tempo antes dos evangelhos;

Nas catacumbas de Roma estão os retratos do bebê Hórus, o qual está preso pela sua mãe, a Virgem Ísis, a Madonna. A área do Vaticano está construída em cima do papado de Mithra, o qual também compartilha de muitas características com Iehoshua, O Cristo, que, segundo os estudiosos, trata-se de uma divindade que já era cultuada muito antes do aparecimento de Iehoshua (em torno de 600 anos). A hierarquia cristã é quase idêntica à versão de Mithra que foi substituída por Iehoshua, O Cristo. Segundos os estudiosos, Mithra é o Desu-Sol da Pérsia. As características de Mithra possui em comum com Iehoshua, O Cristo, o seguinte:

 Mithra nasceu de uma virgem em 25 de dezembro;
 Era considerado um professor e um mestre que fazia grandes viagens;
 Era chamado de O Bom Pastor (daí Jesus dizer nos evangelhos que era o bom pastor);
 Era considerado a Luz, a Verdade e a Vida;
 Era considerado o Redentor, o Salvador, o Messias;
 Era identificado com o leão e o cordeiro (daí provém as expressões leão de Judá e cordeiro imolado atribuídos a Jesus, no Novo Testamento);
 Seu dia sagrado era o domingo (Dia do Senhor), centenas de anos antes do aparecimento de Jesus;
 Sua festa principal é comemorada exatamente durante o período que se transformou mais tarde na páscoa dos cristãos;
 Tem 12 companheiros ou discípulos;
 Executava milagres;
 Foi enterrado em um túmulo;
 Ressuscitou três dias após a sua morte;
 Sua ressurreição era comemorada a cada ano pelos fiéis;

As semelhanças entre Iehoshua, O Cristo, e Krishna são muitas:

 Krishna nasceu da Virgem Devaki (que significa Divina);
 É chamado o Deus-Pastor;
 É a segunda pessoa da Trindade;
 Foi perseguido por um tirano quem requisitou o massacre de milhares de crianças (daí nos evangelhos estar relatado o massacre das crianças por ordem de Herodes);
 Executava milagres e maravilhas;
 Em algumas tradições morreu em uma árvore;
 Subiu aos céus;

Ao longo dos anos que se passaram, os cristãos fizeram um frenesi tão intenso com estas divindades para construir as características de Iehoshua, O Cristo, que além de censurarem os cristãos esclarecidos e os gnósticos sob pena de morte, criaram, no tempo do imperador romano Constantino I, o maior embuste, o maior engôdo, a maior mentira religiosa criada pela mente humana. Aqueles que tentaram demonstrar a verdade dos fatos foram sufocados pelos jogos de interesses políticos temporais. Estabelecido assim o acordo, originou-se então a religião universal do império romano, a Igreja Católica Apostólica Romana. Os cristãos mal intencionados asseguraram que o segredo deles estaria escondido das massas, mas os eruditos e gnósticos de outras escolas nunca abandonaram seus argumentos contra a caracterização de Iehoshua, O Cristo. Os argumentos destes dissidentes instruídos foram perdidos porque os cristãos mal intencionados destruíram todos os traços de seus trabalhos. Todavia, os cristãos esclarecidos e gnósticos preservaram as disputas de seus detratores com às próprias refutações dos cristãos mal intencionados. Por o exemplo, Tertuliano, o Pai adiantado da Igreja, (160-220 da era comum), um ex-pagão e bispo de Cartago, admitiu ironicamente as origens verdadeiras das personalidaes que compuseram Iehoshua, O Cristo, e de todos os deuses-homens. É interessante que Tertuliano, um crente e defensor da fé, renunciou mais tarde ao Cristianismo.

A razão porque todas estas narrativas são semelhantes com um deus-homem que é crucificado, ressuscitado, que faz milagres e que tem 12 discípulos, é que estas histórias também podem ser encontradas quando se estuda os movimentos do sol através do céu, um desenvolvimento astro-teológico que se pode encontrar em torno do mundo porque o sol e os 12 signos do zodíaco podem ser observados em torno do globo terrestre. Em outras palavras, fazendo-se analogias entre Iehoshua, O Cristo, e os 12 discípulos, podemos perceber que estes elementos personificam o sistema solar, e é neste ponto que os evangelhos levam em consideração os movimentos do sol através dos céus. Certamente, da mesma forma que os 12 trabalhos de Hércules e os 12 ajudantes de Hórus, analogia nos conduz ao resultado de que os 12 discípulos de Iehoshua, O Cristo, simbolizam também as casas zodiacais ao invés de descreverem personagens, literalmente falando, que tenham desempenhado um papel na sociedade judaica em torno de 30 e.c. Estes discípulos também podem ser observados como semi-deuses, heróis e constelações. O historiador Gerald Massey, por exemplo, afirma em sua obra intitulada Gnostic and Historic Christianity - Holmes Publishing Group, LLC - Softcover Edition, que o livro do Apocalipse, em vez de ter sido escrito por um apóstolo chamado João, durante o primeiro século da era comum, é na realidade um texto cujo conteúdo que datam possivelmente de 4.000 anos. Massey afirma que o Apocalipse relaciona a legenda de Zaratustra/Zoroastro. A forma comum deste texto foi atribuído pelo historiador Churchward a Aan, escrivão de Hórus, cujo nome nos foi transmitido como João. Hórus, segundo os estudiosos, foi batizado por Anup, o Batista, o qual desempenha o papel de João, o Batista, nos evangelhos. Judas, por exemplo, é dito representar a Constelação do Escorpião, a qual representa o mal da língua, justamente no período em que os raios do sol enfraquecem-se e ele parece morrer (como tivesse sido pego à traição, como aconteceu com Iehoshua, conforme os relatos dos evangelhos). Muitas das histórias referentes a deuses-homens que foram crucificados têm seu aniversário tradicional em 25 de dezembro. Isto, porque os povos antigos reconheciam (através de uma perspectiva geocêntrica) que o sol faz uma descida anual para o sul até 21 ou 22 de dezembro (o chamado solstício de inverno) quando pára de se mover para o sul por três dias e começa então a se mover para o norte outra vez. Durante este tempo, os antigos declaravam que o sol do deus tinha morrido por três dias e renascia ou ressuscitava em 25 de dezembro. Daí o fato de nos evangelhos está relatado a ressurreição de Iehoshua três dias após a sua morte. Não é à toa que os cristãos dizem que Iehoshua é o sol da Justiça. Os antigos acreditavam piamente que o sol retornava a cada dia e que seria um problema grande se ele continuasse a se mover para o sul e não parasse e não invertesse sua direção. Assim, estas muitas culturas diferentes comemoravam o aniversário do sol do deus em 25 de dezembro. Assim, quando os cristãos adoram o Criador aos domingos, eles inocentemente estão dando continuidade ao culto solar. Seu salvador é realmente o sol, que é chamado a Luz do Mundo, o qual cada olho pode ver. O sol foi observado por toda a história como o salvador da humanidade por razões óbvias. Sem o sol, o planeta duraria mal um dia. As características do sol de deus são as seguintes:

 O sol morre por três dias em 22 de dezembro (o solstício de inverno) quando pára em seu movimento para o sul, e nasce outra vez em 25 de dezembro, quando então recomeça seu movimento para o norte;

 Em algumas áreas, o calendário começava originalmente na constelação de Virgo, e o sol consequentemente nasceu de uma virgem (daí estar relatado nos evangelhos que Iehoshua nasceu de uma virgem);

 O sol é a luz do mundo (daí Iehoshua, nos evangelhos, se auto declarar a Luz do Mundo);

 O sol vem envolto de nuvens e cada olho o vê (daí estar relatado nos evangelhos que Iehoshua subiu aos céus envolto de nuvens e retornará pela segunda vez do mesmo em que subiu aos céus);

 O sol levanta-se pela manhã e é o Salvador da humanidade;

 O sol veste uma corona ou coroa dos espinhos (daí estar relatado nos evangelhos que só Iehoshua foi coroado com uma coroa de espinhos, exceto os outros dois ladrões);

 Os seguidores ou os discípulos do sol são os 12 mêses do ano e os 12 sinais do zodíaco, através dos quais o sol deve passar ou caminhar (daí estar relatado nos evangelhos que Iehoshua ao ver os pescadores, diz: Vem e segue-me);

De acordo com os Evangelhos de Mateus e Lucas e com as informações acima, podemos encontrar em Iehoshua as características de um Avatar. Para isto, vamos iniciar o nosso estudo utilizando a passagem profética de Isaías muito conhecida pelos cristãos: Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará 'Deus Conosco'. (Yeshayáhu 7,14) Estas foram as palavras ditas pelo profeta há aproximadamente setecentos e cinqüenta anos antes do advento da Era Cristã, prevendo a vinda daquele que se tornaria um dos deuses mais cultuados do ocidente em todos os tempos. A mulher que conceberia tal divindade teria que ser de uma pureza extrema, uma alma também iluminada. Por apresentar tais qualidades, a jovem Maria, filha de Ana e Joaquim, foi a escolhida, sendo então, de acordo com as escrituras sagradas, fecundada pelo Espírito Santo. O nascimento de Jesus, no entanto, é algo ainda cercado de mistérios, já que não foi documentado com precisão. Fatos narrados, como o episódio dos pastores guardando seus rebanhos no campo, não batem com a data proposta, e a confusão quanto ao local da natividade também se faz presente, pois os evangelhos não coincidem quanto a isso (Mateus fala de uma casa; Lucas de um estábulo; e outros, na sua maioria apócrifos, mencionam uma caverna, cujo simbolismo está relacionado a ritos de iniciação). A tarefa de descobrir a verdadeira data do nascimento do Cristo é das mais complexas, pois além do fato de seus próprios discípulos não terem se preocupado em registrá-la (aliás isso é muito comum em se tratando de avatares), há diferenças entre os calendários utilizados na época e os de agora. O que se sabe é que os cristãos primitivos a comemoravam através de um festival realizado em maio ou, por vezes, em abril e, em outras ocasiões em janeiro. De acordo com antigas tradições da Igreja, as datas mais cotadas seriam o vinte de maio, o dezenove de abril (esta segundo Clemente de Alexandria) e o vinte de abril. Existem, no entanto, outras que também são levadas em consideração: vinte e oito de março, vinte e nove de maio e seis de janeiro.

Há pouco tempo, o astrônomo britânico Colin Humphrey, professor da Universidade de Cambridge, chegou à conclusão que Jesus Cristo teria nascido em quinze de setembro do ano 7 a.e.c. O mapa astrológico levantado a partir desses dados, deve, contudo, ser analisado com atenção, pois apresenta posicionamentos muito condizentes com sua vida e missão. Apesar dessa polêmica toda, o fato é que a vinda ao mundo daquele que estaria destinado a sacrificar-se em nome de toda a humanidade é comemorada no dia vinte e cinco de dezembro, um dia muito especial e significativo. Todos os grandes avatares paridos por virgens surgiram nessa data e, segundo uma lei espiritual ou cósmica, um redentor ou salvador não pode nascer em nenhuma outra ocasião (na grande maioria das antigas religiões, os deuses ou seus filhos vieram ao mundo através de mulheres ditas puras e imaculadas: Krisna nasceu de uma virgem chamada Devaki; Buda, de uma chamada Maia ou Maria; Lao-Tsé, de uma virgem negra; Hórus de Ísis; e assim o foi com Rá, Zoroastro, Codom, Quetzalcoatl e tantos outros). Na verdade, o natal, do latim natalis, é o dia do solstício de inverno no hemisfério norte, época em que os dias começam a crescer novamente em relação às noites, e o ressurgimento do Sol era comemorado em quase todas as culturas da Europa, Ásia e também no Egito. Na Índia e na China, nesta época do ano, aconteciam festivais religiosos muito antes da Era Cristã. No Egito, se fixava a data da gravidez de Ísis nos últimos dias de março (equinócio de primavera) e, em fins de dezembro, os egípcios celebravam o nascimento de Hórus. Em Roma, também muito antes do nascimento de Cristo, realizava-se em vinte e cinco de dezembro uma festa chamada Natalis Solis Invicti (Natalício do Invencível Sol) em homenagem ao deus solar Mitra, quando então o trabalho era suspenso, declarações de guerra e execuções eram adiadas, e presentes eram trocados entre amigos e parentes (as Saturnais, festividades em homenagem a Saturno, aconteciam também por volta do solstício de inverno, possuindo algumas similaridades com a festa de Mitra). Os antigos escandinavos a essa época celebravam a noite-mãe ou Jul, festa em honra a Freyr, filho de Njörd e Nerthus (aqui também havia o costume de se trocar presentes). Os germanos por sua vez comemoravam esta data através de uma solenidade chamada Festa do Yule, onde todos os contratos eram renovados e os deuses consultados sobre os acontecimentos futuros. Não se pode deixar de mencionar os druidas da Grã-Bretanha e Irlanda, que nesse dia acendiam fogueiras no alto das colinas, assim como os gregos, que celebravam também nesse período o nascimento de Héracles. Para combater a concorrência dos deuses pagãos, principalmente o deus indo-iraniano Mitra, muito popular entre as classes oprimidas (o Mitraismo, assim como o Cristianismo, era uma religião que visava os desprivilegiados da época: escravos, pobres, mulheres etc) e aproveitando o fato de que os grandes avatares nasciam no solstício de inverno, a comunidade cristã reunida em um concílio no século V de nossa era decidiu fixar para o nascimento de Jesus, o dia vinte e cinco de dezembro ou a meia-noite do dia vinte e quatro, e assim surgiu o natal. O mapa astral de um avatar nascido nesta data e hora é extremamente significativo, e para ilustrar tal fato, tomemos como exemplo o próprio Cristo. A princípio temos a questão da volta do Sol, ou seja, da luz, o ser iluminado. O signo que ascende no leste às vinte e quatro horas do solstício de inverno no hemisfério norte seria Virgem, dando a nítida idéia do nascimento a partir de uma virgem; Libra na segunda casa mostra a necessidade de compartilhar, ou mesmo abrir mão dos bens materiais; Escorpião na terceira indica a profundidade de seus ensinamentos; Sagitário na quarta mostra o deslocamento de Maria grávida para Belém e depois as constantes viagens para fugir dos soldados de Herodes, mas há quem arrisque uma provável descendência alienígena (um anjo ou extraterrestre teria através de inseminação artificial colocado um óvulo fecundado no útero da mãe de Jesus); Capricórnio na quinta casa indica uma grande responsabilidade e até uma certa abstinência em relação aos prazeres da vida (Jesus também trabalhou com seu pai José quando criança); Aquário na sexta diz respeito a vida de homem livre que levou exercendo o seu trabalho (depois dos trinta), a pregação; Peixes (signo da exaltação de Vênus, o planeta do amor) na sétima mostra claramente o amor descompromissado e fraternal que tinha em relação a todos; Áries na oitava está relacionado com a morte violenta; Touro na nona casa mostra a forma simbólica com que passava seus ideais, ou seja, através de parábolas, usando na maioria das vezes exemplos relacionados à terra e a questões envolvendo dinheiro, bens materiais e trabalho; Gêmeos na décima indica um homem que teve por profissão, ou melhor dizendo, missão, a comunicação, a palavra, o ensinamento; Câncer na décima primeira diz respeito à forma como tratava seus amigos e seguidores: como uma grande família; e finalmente Leão na décima segunda casa mostra a dissolução do ego em função do todo, o sacrifício do homem em nome de toda a humanidade (fato que associa Cristo ao Arcano XII do Tarot, ?O Pendurado?, ou ?O Enforcado, um tipo de bode expiatório e/ou vítima sacrificial). O astro-guia, que poderia ser um cometa, uma estrela, ou mesmo uma conjunção de planetas (provavelmente Júpiter e Saturno) se encontrava no Meio-do-céu, em Gêmeos, signo de Hermes e Mercúrio, deuses psicopompos, condutores de almas, que velozes, com asas nos capacetes e calcanhares levaram os três reis magos até o deus-menino (existia a crença, principalmente entre os antigos magos, astrólogos ou sacerdotes, que o nascimento de um avatar ou líder que se tornaria um salvador era anunciado por um grande astro no céu). Ao natal estão associados alguns parâmetros que devem ser mencionados pela sua importância. Um deles é a árvore, cujo significado simbólico é muito rico. Em muitas culturas, a mesma é representada como centro e sustentáculo do cosmo, como o freixo Iggdrasil, da Mitologia Nórdica, cujas raízes, estão localizadas nos três mundos: Niflheim (mundo ctônio), Jötunheim (mundo terrestre) e Asgard (mundo celeste). Sendo assim, através de sua verticalidade, pode ser relacionada com uma escada, capaz de conduzir o homem do inferno ao Paraíso, do pecado à salvação. Além do mais, em pleno inverno (hemisfério norte), a árvore de natal está sempre verde, simbolizando o renascimento, ou ainda, a redenção. Os adornos (bolas vermelhas, douradas, etc) dizem respeito às maçãs da árvore da vida e/ou do conhecimento, podendo estar também relacionadas com os pomos de ouro do jardim das Hespérides, cuja função é trazer consciência. Outro símbolo típico do natal é papai Noel ou São Nicolau, ou ainda Santa Claus, que com seu trenó puxado por renas, distribui presentes para as crianças. Tal fato se deve a acontecimentos da vida do Santo padroeiro da Rússia. Segundo a tradição cristã, depois da morte de seus pais, cedeu sua herança aos pobres. Também a ele é atribuída a doação de dotes às filhas de famílias pobres. A sua façanha maior, porém, se deu quando então bispo da Lícia (Ásia Menor), convenceu os tripulantes de uma esquadra que se dirigia a Alexandria, a doar os carregamentos de cereais aos esfomeados lícios, assegurando que se o fizessem, quando chegassem ao seu destino, encontrariam nas despensas dos barcos a quantidade original de grãos. Atendendo ao pedido do sacerdote, os marinheiros ao chegarem no Egito verificaram que o mesmo havia dito a verdade, e diante de tal milagre, converteram-se ao cristianismo. Desta forma, pode-se perceber que o natal, muito mais do que uma festa onde as pessoas se reúnem com o intuito de comer, beber e trocar presentes, influenciadas por uma mídia voltada para o consumo, traz nas suas origens a essência dos avatares, que de tempos em tempos, aparecem para salvar e redimir a humanidade, sacrificando para isso, suas próprias individualidades e porque não dizer, divindades.

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